Onde é o centro de Sorocaba, hoje?
Com essa pergunta, Sérgio Reze começa o podcast “Passeio pela Memória”, conversas que venho mantendo com ele, empresário de 87 anos, construindo um panorama sobre as mudanças da cidade que ajudam a entender a Sorocaba que se deseja.
Sérgio lembra do empreendedorismo das famílias Pence, Abdalla, Campolim, Caracante na expansão da ocupação territorial de Sorocaba e de que a Igreja João de Camargo, a mesma que está na avenida Barão de Tatuí, era zona rural de Sorocaba.
Num outro momento, Sérgio lembra de seu pai, seo Abrão, que ia até Votorantim encher garrafões de água numa bica para ser bebida em casa. Era uma água muito, verdadeiramente da natureza.
Sérgio também lembra de um tipo de comércio, de pequenos estabelecimentos familiares, que não sobreviveram às mudanças. Ele cita a Rosana Modas, uma judia, que era requisitada pela sociedade. Lembra dos Zietron, Dijejeck, Cassar, Nicolau Tibichirene, Swaibriqui, Cossermelli, Latorre, Verrone…
Num outro ponto, aproveitando o 7 de setembro, Sérgio lembra que tocava repique na Fanfarra do Estadão, a escola estadual que era referência de qualidade de ensino. Nesse momento eu o provoco dizendo se foi ele, no repique, que influenciou seu filho a se tornar um dos principais bateristas e percussionistas da melhor música que vem sendo feita no Brasil nos últimos anos.
Sérgio lembra de Modesto Carone (o principal tradutor do Kafka direto do alemão para o português) e Jaime Pinsky (fundador da Editora Contexto), ambos seus colegas de escola, que precisaram ir embora de Sorocaba porque não havia como eles se desenvolverem na profissão por aqui.
Há muito mais neste episódio. Venha passear pelas memórias de Sérgio e entender como a cidade foi se modificando. Acesse o link https://www.youtube.com/watch?v=j8fzdtSyVY4