Entusiasmado com a eleição do peemedebista Eduardo Cunha (RJ) Ã presidência da Câmara, o pastor evangélico Silas Malafaia não mediu palavras para comemorar a “vitória” em seu Twitter: “Parabéns ao novo presidente da câmara, deputado evangélico Eduardo Cunha, uma vitória espetacular. Humilhou o governo e o PT. Vão ter que nos aturar”, alfinetou.
Esse posicionamento explica a presença do deputado federal sorocabano Jefferson Campos (foto) que é do PSD, do ministro Kassab, e em tese deveria ter votado no candidato do PT, em reunião com Eduardo Campos. Explica até o seu voto, ou seja, a questão ideológico religiosa fala mais alto do que a ideológica partidária de se fazer parte de um governo.
Mas o que explica a alegria do ex-prefeito Vitor Lippi, que debutou como deputado federal? Na coluna O Deda Questão, na rádio Ipenama (FM 91,1Mhz), hoje pela manhã, ao vivo pelo telefone de Brasília, ele disse que é a abertura de espaço para a oposição. Questionei-o sobre a posição do senador Serra que orientou os tucanos, se tivesse havido 2º turno, a não votar em Cunha. Ele me respondeu que é uma posição pessoal do senador e que o PSDB queria Cunha para combater o PT. Lippi, claramente, leva o seu partido que historicamente é de centro-direita (em contraponto ao PT que se fundou de centro-esquerda) bem mais para a direita. E não me venham com a balela de que a ideologia acabou.
Pastor vota em pastor. Essa máxima explica o voto de um deputado sorocabano no novo presidente da Câmara. Mas o que explica o entusiasmo do outro?
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