O delegado Rogério Giampaoli, da Polícia Federal de Sorocaba, abriu um inquérito nesta semana para investigar o segundo caso de pichação com mensagens racistas e de morte contra alunas do campus de Sorocaba da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), ocorrido no último dia letivo de junho.
O fato desse ano aconteceu numa das portas do banheiro feminino no prédio do Centro de Ciências Humanas e Biológicas da universidade, que já havia registrado fato semelhante em novembro de 2018.
Uma equipe da perícia da Polícia Federal esteve no campus e recolheu uma das portas pichadas para passar por perícia, uma das etapas da investigação. Nessa porta a polícia busca desde impressões digitais até exames grafológicos, já que a escrita de cada um é uma espécie de digital.
As mensagens racistas foram escritas com caneta vermelha, com letra manual, e trazem ameaças a uma jovem negra com as frases: “Sua morte está próxima”, “preta desgraçada” e “fora negros”.
Nas duas ocasiões a direção da UFSCar repudiou o ataque racista, mas não chegou a conclusão no caso de novembro e agora abriu uma comissão para identificar o autor, sendo que dessa vez vai usar imagens de câmeras de segurança na investigação e ganhou a ajuda da Polícia Federal.