Ao contrário de 2017, quando assumiu o comando da Prefeitura de Sorocaba na cassação do primeiro mandato do prefeito Crespo, quando estava em pé de guerra com ele, dessa vez Jaqueline Coutinho assume num outro clima. Há cerca de um mês eles se acertaram e decidiram caminhar juntos, fato que ajudou neste momento.
Se em 2017 Crespo saiu magoado e bravo e exigiu que todo o seu secretariado pedisse a conta, dessa vez ele deixou em aberto para quem desejasse ficar desde que, obviamente, esse fosse também o desejo de Jaqueline. E de todo secretariado, Jaqueline exonerou a secretária Assuntos Jurídicos e Patrimoniais, Ana Lúcia Sabbadin; o secretário da Segurança e Defesa Civil, Antônio Valdir Gonçalves Filho, pediu exoneração.
O secretário da Mobilidade e Acessibilidade, Luiz Alberto Fioravante, segue no governo. Eu entendi que ele me disse que estava fora. Feita a correção.
Todos os outros seguiam em seus cargos até o fechamento desta postagem às 17h15.
Se em 2017 Jaqueline entrou magoada e brava com o prefeito Crespo, ou seja, fazendo discursos agressivos, dessa vez ela foi amena, apaziguadora e conciliadora – todos adjetivos que ouvi de pessoas próximas de quem esteve na reunião que ela vez com todo o secretariado às 14h30 de hoje.
Um outro me disse que Jaqueline fez o discurso politicamente correto e por ora o governo segue o ritmo que vinha tendo.
Importante frisar que o adjetivo “politicamente correto” é usado para explicar quem se pronuncia evitando o uso de linguagem ou ações que são vistas como excludentes, que marginalizam ou insultam grupos de pessoas que são vistos como desfavorecidos, ou seja, como os secretários que deixaram de lado seus afazeres e foram trabalhar a partir do chamado do prefeito que perdeu o seu mandato.
Importante frisar também que “por ora” é um advérbio de tempo que expressa sentido de por enquanto, no momento, atualmente.
Ou seja, quando sentir-se mais à vontade no cargo, quando a Justiça der a entender qual será o ritmo do processo pedido pelo prefeito para ter seu cargo de volta, Jaqueline Coutinho vai implementar a sua marca. Mas, por ora, vale o politicamente correto.