A Comissão Processante que investiga a denúncia de infração político-administrativa do prefeito Crespo, sem conseguir ouvir três testemunhas de defesa do prefeito (vereador Milton Leite da capital paulista; deputado federal Jefferson Campos e João Batista Sigilló Pellegrini, o Tita, ex-diretor de área da Secretaria de Licitações e Contratos da Prefeitura, que está em licença médica) decidiu passar por cima dessa prerrogativa, intimou o advogado do prefeito, Márcio Leme, de que seu cliente deveria comparecer na tarde desta quarta-feira, 3, às 14h, na Câmara, para oitiva será comandada pelo presidente Silvano Junior (PV), pelo relator Hudson Pessini (MDB) e pelo vereador Luís Santos (Pros), membro da comissão.
Mas, às 12h58 de hoje, o advogado do prefeito protocolou na Câmara uma petição informando, como prevê a legislação, de que o prefeito não iria comparecer porque passará por consulta médica no mesmo horário em São Paulo, onde sofreu cirurgia há três semanas. Na mesma petição, o advogado pede redisignação para data próxima da presença do prefeito na oitiva da Comissão Processante.
Sem ouvir o acusado, a Comissão Processante não dá ao prefeito a oportunidade de se defender, como disse Nenê Silvano ao convocá-lo. Sem defesa, a comissão não terá as alegações finais da defesa, e sem alegações, a comissão não poderá se reunir para analisar as provas apresentadas, documentos e o conteúdo extraído das oitivas, a fim de elaborar seu relatório final, o documento que dá fim à Comissão Processante.