Quando houve harmonia política, São Bento renasceu e avança em ranking

Compartilhar

O São Bento – principal bem imaterial de Sorocaba e o principal embaixador a levar o nome da cidade a todos os cantos do Brasil – teve uma das mais belas histórias desde sua fundação até os problemas começarem em 1990 quando, depois de 29 anos ininterruptos na elite do futebol paulista, quase se extinguiu. Foram descensos, dívidas, desmandos e um poço de desconfiança.

A refundação, creio que esse nome seja bastante adequado para a história do time, ocorreu em 2012 quando uma nova diretoria, conduzida pelo presidente Fernando Martins da Costa Neto, iniciou a revolução pela qual passou o clube do ponto de vista de harmonia política, seriedade administrativa e foco no time. Da inexpressiva série A3 do futebol paulista, até a elite do futebol do São Paulo, se consolidando entre as principais 40 equipes brasileiras com a chegada na série B do Brasileirão em 2018 e assegurada a vaga para 2019.

O reconhecimento desse trabalho veio nessa semana quando a CBF (Confederação Brasileira de Futebol), que organiza as competições oficiais do Brasil e é filiada à Fifa (entidade máxima do futebol no mundo), divulgou o ranking dos principais times do futebol Brasil. Em três anos, o São Bento saiu do 128° lugar para ocupar o posto de número 51°. “O aumento na pontuação e a disparada no ranking são importantes para conquistar ainda mais espaço no cenário nacional, como uma vaga na Copa do Brasil”, explica José Urban Filho, delegado de polícia que saiu das arquibancadas para se tornar o diretor de futebol na atual gestão presidida por Márcio Rogério Dias, o então diretor jurídico do trabalho iniciado em 2012 por Fernando Martins da Costa Neto.

A subida no ranking e a disputa dos campeonatos que mais chamam a atenção do público e da mídia tendem a atrair também mais patrocinadores e colocar fim, de vez, na desconfiança do sorocabano com o time. O São Bento, tão valorizado pela cidade na década de 60 e tão desacreditado nos anos 90 quando passou a ser visto como instrumento para a satisfação particular de algum político ou empresário, tem o desafio de se consolidar como o time da cidade e não de pessoas. Essa é o grande desafio das futuras diretorias desde o primeiro passo dado por Fernando Martins da Costa Neto.

O momento, porém, é de comemoração. Parabéns a todos fora de campo e dentro dele.

Comentários