Desde que foi anunciada na manhã desta segunda-feira a Operação Terra Prometida, com o cumprimento de 22 mandados de busca e apreensão para desarticular um grupo criminoso especializado em grilagem de terras em Sorocaba e região, a única pergunta feita ao longo de todo o dia é: quem são os acusados.
O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público e a Polícia Civil do Estado de São Paulo se limitaram a dizer que são 22 pessoas entre advogadas, engenheiros-topógrafos, corretores de imóveis e falsários atuando em Sorocaba, Araçoiaba da Serra, Votorantim, Capela do Alto, Piedade e Salto de Pirapora. Mas nenhum nome foi revelado e nenhum prisão foi feita.
As autoridades informaram que eles formavam uma organização criminosa que atuava desde 2015 e, segundo a promotora Maria Aparecida Castanho, do Gaeco, a partir da análise dos documentos apreendidos, o Ministério Público oferecerá denúncia à Justiça. Quando isso ocorrer, os nomes dos acusados serão de conhecimento da sociedade.
O esquema
O Gaeco descobriu que o grupo invadiu inúmeras propriedades por meio de ações de usucapião e aplicava o chamado “estelionato judiciário”. Depois, vendiam as terras, geralmente para pessoas mais simples que caíam no golpe.