Salatiel Hergezel, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Sorocaba, divulgou na noite de domingo passado entre os seus contatos uma página de enquete na rede social Facebook perguntando quem é a favor ou contra a terceirização dos serviços públicos da Prefeitura de Sorocaba. Ele divulga números e celebra que 97% é contrário a medida.
Salatiel, se dirigindo aos funcionários públicos, afirma: “Somos um ‘exército’ de pessoas honestas, de caráter, prontas para servir a população é capaz de derrotar ou eleger os políticos de nossa cidade”.
Num outro trecho, Salatiel acusa: “a terceirização é uma forma (do prefeito) dar a contrapartida aos apoiadores de campanha” (…), ou seja, “(a terceirização gera) contratos que possam desviar o dinheiro público”.
Por fim, Salatiel defende: “estaremos 24 horas por dia, 7 horas por semana atentos a qualquer ação do governo que nós retire direitos”.
Resumindo: para o sindicato, a terceirização dos serviços de educação tem unicamente a intenção do prefeito em desviar dinheiro público para quem lhe ajudou a ganhar a eleição. É uma total desconfiança das intenções e ações do prefeito. Não há, nas argumentações do sindicalista, qualquer espaço para compreender o que leva o prefeito Crespo a decidir pelo que está decidindo.
Lado da prefeitura
Na manhã de hoje, coube ao secretário municipal de Educação, o professor e jornalista André J. Gomes – leia a postagem a seguir – defender o projeto de gestão compartilhada da educação (que os sindicalistas chamam de terceirização), classificando “como ‘temerosa’ uma enquete realizada em uma página do Facebook denominada Enquete Sorocaba, em que as pessoas votam sobre o que os autores chamam de “terceirização do serviço público” em Sorocaba e, sobretudo, quanto a uma mensagem divulgada em grupos do whatsapp, atribuída ao Sindicato dos Servidores Públicos Municipais”.
As acusações contra a prefeitura e o prefeito, de que o objetivo da terceirização do serviço é o desvio do dinheiro público, são ignoradas na argumentação do texto publicado no portal da Prefeitura de Sorocaba. Porém, no âmbito jurídico, o prefeito deve processar o presidente do Sindicato, embora não exista informação oficial sobre essa decisão.