O secretário de Educação da Prefeitura de Sorocaba, Flaviano Agostinho de Lima, não compareceu à primeira oitiva da CPI que investiga a transferência de alunos da rede de ensino Municipal para o Estado para participar de uma reunião na Escola Municipal Getúlio Vargas sobre o mesmo tema.
O vereador Crespo, presidente da CPI, encerrou o debate na Câmara e seguiu ao Getúlio Vargas, disponibilizando dois ônibus para também levar os professores, pais de alunos e sindicalistas, presentes no plenário, até a referida escola.
Ao ver a presença dos vereadores e toda a turma que estava na Câmara na escola, o secretário encerrou a reunião e levantou-se para deixar a escola. E foi ai que o vereador teve a surpreendente reação de enganchar o seu braço no braço do secretário numa tentativa de uso da força física para obrigar o secretário a dar explicações a respeito da mudança no ensino público. Flaviano tentou se desvencilhar e Crespo reagiu com mais força. Quem presenciou a cena disse que houve troca de tapas entre eles. O caso foi parar no Plantão de Polícia.
Se de um lado é irritante que o representante do poder público não fale (ou fale pouco e sem convencer os atingidos) sobre as mudanças no ensino, por outro é inadmissível que um vereador se julgue acima do bem e do mal e use da força para forçar o debate.
O governo Alckmin errou ao atropelar datas e evitar o debate para tema tão importante (provavelmente que só venha a fazer bem para a qualidade de ensino). O governo Pannunzio também erra ao não ir aos debates. Mas o que Crespo fez, que é espetacular do ponto de vista de mídia, apenas denigre o papel do político.