Assim que ficou conhecido na manhã de ontem o teor da decisão dos membros da Comissão Processante que investigou a vice-prefeita e, por unanimidade, pede a cassação do seu mandato, se ventilou a hipótese de que ela renunciaria. O objetivo por trás dessa decisão seria deixar seu namorado, o vereador Hudson Pessini, relator da Comissão Processante do prefeito Crespo, sem nenhuma espécie de suspeição.
Mas na manhã de hoje, em entrevista ao Jornal da Ipanema (FM 91,1Mhz), ela deixou claro que não apenas não irá renunciar como “se, infelizmente, de forma injusta, houver essa cassação, evidentemente vou recorrer ao judiciário” para reverter essa decisão.
Em Nota Oficial emitida por sua assessoria, Jaqueline Coutinho disse que “recebeu com surpresa a decisão da Comissão Processante em indicar a cassação do seu mandato, mas continua acreditando na justiça e que a verdade prevalecerá”.
Na entrevista da rádio, a vice-prefeita desabafou e chorou ao falar sobre a sessão extraordinária marcada para a próxima quarta-feira (10/07), na Câmara de Sorocaba, e poderá tirar-lhe o mandato: “Vou morrer dizendo que nunca cometi ato ilícito nenhum, nem infração político-administrativa que é pelo o que vou ser julgada”.
Durante a entrevista, emocionada, Jaqueline lembrou que seus pais passaram mal ontem, quando ficou conhecida a decisão dos vereadores da Comissão Processante, e tiveram de ser socorridos decorrente ao estresse por conta do que a vice tem passado na política.
Jaqueline é aposentada da Polícia Civil e exerceu cargo de delegada por vários anos. Nos microfones da IPA FM, relembrou o ano em que entrou na política, em 2016, a convite do ex-prefeito Renato Amary e desabafou. “Sinto-me decepcionada pela política. Política essa que entrei em 2016, por meio do Renato Amary. Fui levada, aceitei ser vice daquele que foi indicado pelo Renato [José Crespo]. Em 32 anos de serviço público, nunca sofri um procedimento disciplinar, um procedimento criminal”, esbravejou.
Jaqueline Coutinho contou que recebe carinho dos munícipes: “Nas ruas ouço isso, o carinho da população. Anteontem fui no Extra comprar frango para o almoço. Uma senhora me virou e falou assim: ‘a senhora é a vice-prefeita? É uma injustiça o que estão fazendo com a senhora’. Ontem encontrei outra pessoa na rua e ela me falou: ‘a senhora é uma bandeira para as mulheres’”.
Nota Oficial
A vice-prefeita Jaqueline Coutinho (PTB) recebeu com surpresa a decisão da Comissão Processante em indicar a cassação do seu mandato, mas continua acreditando na justiça e que a verdade prevalecerá.
Jaqueline apresentou todas as provas contundentes e cabais sobre a sua inocência, demonstrando que não cometeu nenhum desvio ou ato irregular.
Como atestam as provas que ela apresentou à Comissão Processante, os dados dos relatórios de ingresso e saída de pessoas do seu condomínio apresentam inúmeras inconsistências e discrepâncias, e jamais poderiam ser utilizados como provas em um processo que busque a justiça.
Jaqueline reafirma que o ex-servidor que prestava serviços a ela, o fazia exclusivamente nos horários de almoço. Ele tinha, portanto, a liberdade de auxiliá-la sem jamais incorrer em qualquer conduta irregular.
A vice-prefeita nega enfaticamente as acusações e segue com a consciência tranquila, acreditando na seriedade e no senso de justiça dos vereadores frente a sua inocência.