Servidores público da área da saúde (funcionários de carreira na Prefeitura de Sorocaba na Unidade Pré-Hospitalar da Zona Norte) denunciaram ao vereador Péricles Régis – durante sua ação de fiscalização realizada durante um plantão da madrugada nesta semana – que médicos deixam de atender a população propositalmente, ou seja, os médicos atendem menos pacientes do que poderiam durante os plantões nas unidades, gerando fila de espera (desgaste ao poder público) e dor ao paciente.
“Embora não concordem com a postura, que acaba gerando acúmulo de pacientes à espera de cuidados no saguão e rotineiros tumultos na unidade, os funcionários assumem não fazer denúncias por temerem represálias”, relata a assessoria do vereador Péricles Régis, que fez a ação após receber telefonemas de munícipes que reclamavam da demora por atendimento.
Gestão compartilhada
O relato do vereador acaba sendo uma justificativa a mais para a decisão do prefeito Crespo em tirar os médicos concursados da UPH da Zona Norte e ali fazer a chamada gestão compartilhada da unidade, o que o Sindicato dos Médicos e dos Servidores Públicos chamam de terceirização da saúde.
A empresa Instituto Diretrizes, da cidade de Santo André, venceu a licitação e vai gerir o local e outras UPHs a partir do 5 de fevereiro.
As denúncias de que os médicos da UPH da Zona Norte faziam “corpo mole” existem desde o prefeito Lippi e depois Pannunzio. Médicos chegaram, inclusive, a quebrar o ponto digital instalado no local.