Uma das grandes perguntas filosóficas é: quem sou eu?
Me veio essa pergunta à mente ao ler uma das mais recentes divulgações da assessoria de comunicação da Prefeitura de Sorocaba, na manhã de hoje: “Governo Crespo chega à metade do mandato com cerca de 150 obras, ações e projetos realizados”. Em tempos de crise econômica, não é pouco. Aliás, é bastante.
E ao ler essa colocação oficial, me veio à mente, também, que é absolutamente comum entre os leitores deste blog, a percepção de que o governo Crespo não faz nada. “Nossa cidade está paralisada”, afirmou Denis Oliver comentar a postagem sobre o trabalho do Observador Municipal, semana passada. Oliver é ajustador mecânico na empresa Schaeffler Group, aluno de Engenharia Civil em Anhanguera Educacional, e estudou Eletricista Industrial na instituição de ensino Senai Sorocaba e Modelagem Industrial no Senai Moda Bom Retiro e frequentou EE Ezequiel Machado Nascimento Professor na Vila Porcel em Sorocaba.
Que disparidade de opinião é essa?
Martin Buber, filósofo que nasceu em Viena, na Áustria, em fevereiro de 1878, é dos quem melhor ajudam a explicar quem é o Eu. Segundo ele, essa figura é a junção de três percepções: 1) Eu sou o que penso que eu sou; 2) Eu sou o que penso que os outros pensam que eu sou; 3) Eu sou o que os outros pensam que eu sou. Posso estar sendo grosseiro, o que certamente estou, em resumir a grande obra “Teoria do Eu-Tu e Eu-Isso” nessas três frases. Mas para efeito de artigo, estou certo que está ajustado.
Pois bem, a pergunta “Afinal, quem é o governo Crespo?” passe por essa complexa relação definida pelo filósofo do século 19. É evidente que a percepção de Crespo e de parcela do sorocabano em relação ao seu governo é antagônica. Por quê? Essa é uma outra discussão.