É baixo, mas existe risco de acidente em barragem

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A Defesa Civil da Prefeitura de Alumínio recebeu as respostas da CBA (Companhia Brasileira de Alumínio) para as perguntas enviadas pela prefeitura da cidade a respeito da segurança da barragem da empresa, considerada uma das maiores fabricantes de alumínio do país.

E a resposta mais animadora do documento dá conta que o risco de um desastre no local é baixo, porém, ela é elaborada com dados de 2016, portanto de 3 anos atrás, quando foram analisadas as características técnicas da construção e as inspeções de sua extensão que constatou que o alteamento, que é o aumento gradual do paredão para que a barragem receba mais resíduos, foi feito da forma considerada a mais segura.

A barragem segura a lama vermelha (material contaminado que é formado pelos restos da bauxita) depositada no local como sendo o resíduo da produção do alumínio. O paredão começou a ser erguido na década de 90 e, atualmente, segura 20 milhões de metros cúbicos de resíduos. Ou seja, 20 vezes mais do que Brumadinho (MG), que se rompeu, e tinha volume de um milhão de metros cúbicos de rejeito de mineração e matou mais de 300 pessoas.

Plano de Segurança

A CBA, na resposta à prefeitura, garantiu que tem o Plano de Segurança da barragem (que é uma exigência da Cetesb, responsável pela fiscalização) e informou que cerca de três mil moradores estão na área abaixo da barragem, ou seja, essas pessoas estão onde esses resíduos industriais vão correr no caso de um rompimento.

O plano traz informações sobre inspeções, além de dados técnicos, como construção, operação e manutenção, que vai do menor ao maior risco de gravidade e pede sororro de prefeituras de Alumínio, Sorocaba, Itu, Boituva, Iperó, Porto Feliz e Mairinque. No plano de emergência número 3, com situação de ruptura iminente ou ocorrendo, uma das primeiras orientações é acionar alerta de evacuação.

A CBA disse que está criando uma comissão mista com representantes do poder público de Alumínio, Sorocaba e Itu para acompanhar as ações.

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