A vereadora Iara Bernardi, presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que apura o trabalho de voluntários na Prefeitura de Sorocaba, está louca da vida com a informação que circula nos bastidores da Câmara de Vereadores de que ela mantém em seu gabinete um funcionário voluntário, ou seja, fato contraditório com a sua conduta na investigação que faz como presidente da referida comissão.
O fato de um dos seus assessores ter passado a atuar sem vínculo empregatício com a Câmara de Vereadores logo após a redução no número de assessores de cada parlamentar, de seis para cinco, em 2017, atendendo a uma recomendação do Tribunal de Contas do Estado, é que deu origem aos comentários. Iara informa que ele não é voluntário, mas contratado como PJ (Pessoa Jurídica) que lhe dá Nota Fiscal por serviço prestado.
Diante disso, fiz duas perguntas à vereadora por intermédio do seu assessor que vem sendo apontado como voluntário. Leia o que diz a vereadora:
1) Para a Presidente da CPI dos Voluntários há contradição no fato dela ter assessor voluntário e querer investigar a assessora voluntária do prefeito? Por quê?
A vereadora Iara Bernardi não tem, nem nunca teve, voluntário atuando em seu gabinete. Portanto, essa contradição não existe. Cabe salientar que o Jornal Cruzeiro do Sul classificou equivocadamente (a despeito das explicações) de trabalho voluntário o serviço de comunicação prestado à Iara Bernardi por meio de PJ (Pessoa Jurídica) devidamente contratada.
2) A presidente da CPI chamou a assessora do prefeito de usurpadora. O mesmo adjetivo cabe ao seu assessor? Por quê?
Iara Bernardi: “Não, tal comparação é ofensiva. O jornalista em questão exerce exclusivamente atividades de comunicador, pelas quais é devidamente remunerado, como é feito para qualquer empresa privada do mercado. Saliente-se que, dentro da mais absoluta legalidade, diversos jornalistas da região prestam assessoria para empresas, governos e políticos. Já a atuação de Tatiane Polis, e de outros falsos voluntários dentro da Prefeitura, é objeto de investigação da CPI criada na Câmara, objeto de investigação da Polícia Civil e do Ministério Público, principalmente pela caracterização de possível tráfico de influência e coerção. A CPI está em andamento fazendo oitivas, coletando provas e investigando essas atuações.”