Alguns jornalistas receberam logo às 6h da manhã de hoje um comunicado da assessoria de Comunicação da Polícia Federal que uma equipe da entidade e auditores da Receita Federal fariam, como acabaram fazendo, uma operação para apurar crimes relacionados a quebra de sigilo e descaminho (crime contra a ordem tributária que foi desmembrada do crime de contrabando) praticados por pessoas que residem em Sorocaba.
Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão, um mandado de prisão preventiva e um mandado de prisão temporária, além de diversas outras medidas assecuratórias.
A grande pergunta do dia foi: quem são estas 7 pessoas entre as presas e investigadas em Sorocaba?
“Por uma questão de preservar os nomes dessas pessoas, que são acusadas e não condenadas, a política de comunicação da Polícia Federal é a de não divulgar os nomes dos envolvidos”, me informou, por telefone, de Brasília, assessor que trabalha na Chefia de Comunicação Social da Polícia Federal.
Os leitores das publicações online, que têm a oportunidade de fazer comentários nas matérias, não esconderam sua irritação e indignação. Pincei um deles, do jornal Cruzeiro do Sul, que explica bem o sentimento dos outros. Trata-se de Gilberto Genebra: “A imprensa não está, ainda, submetida a censura, que tal publicar o nome dos ‘cidadãos de bem’ que moram em ‘condomínio de alto padrão’ (qual?) e que, por uma infelicidade se meteram no mundo do crime!” É Gilberto, infelizmente a Polícia Federal não nos informa esses nomes.
Os investigados e presos em Sorocaba hoje na operação conjunta da Polícia e Receita Federal estão ligados à Operação Homônimo, que ocorreu em abril de 2018 cujo as investigações tiveram início em agosto de 2017, foi deflagrada no dia 17 de abril de 2018 e prendeu duas organizações criminosas acusadas de comércio ilegal de cigarros contrabandeados do Paraguai. No ano passado, foram presas 34 pessoas, incluindo dois chefes das quadrilhas detidos em suas residências e apreendidos 3 milhões de maços de cigarros em depósitos clandestinos, além de R$ 200 mil em dinheiro com dois criminosos e duas armas de fogo. A Receita Federal de Sorocaba, que também participou da operação, estima um prejuízo de R$ 14 milhões em tributos e impostos sonegados pelas organizações criminosas. A operação tem o nome de “Homônimo”, pois os chefes das duas organizações criminosas investigadas são conhecidos como “Roberto”, embora sejam duas pessoas diferentes.