Sorocabanos lotam ruas contra os cortes na educação

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Um público estimado entre 1,5 mil e 4 mil pessoas, a maioria delas estudantes, professores e pessoas ligadas à área educacional, lotou a praça Coronel Fernando Prestes e depois ruas da região central, na manhã desta quarta-feira, 15 de maio, atendendo ao chamado nacional contra bloqueios no orçamento da educação anunciado pelo governo do presidente Bolsonaro.

Segundo a Polícia Militar, o ato em Sorocaba reuniu 1,5 mil pessoas com faixas e cartazes, já a Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) falou em 4 mil manifestantes.

Por volta de meio-dia e meia, o grupo começou a se dispersar e boa parte se dirigiu a São Paulo para engrossar as manifestações na avenida Paulista.

A Urbes chegou a alterar algumas linhas no centro durante a manhã. No início da tarde, todos os itinerários voltaram ao normal, disse a empresa.

“Idiotas, imbecis”

O presidente Bolsonaro, em sua rede social, se manifestou sobre os alunos que participam dos protestos: “A maioria ali é militante. Não tem nada na cabeça (…) São uns idiotas úteis, uns imbecis que estão sendo usados como massa de manobra de uma minoria espertalhona”.

Certamente ele, que está nos Estados Unidos, não se deu conta de que as manifestações surpreenderam até mesmo os organizadores pela pronta adesão ao movimento de protesto. Não há, o que deve acontecer apenas no final do dia, nenhuma estimativa sobre quantas pessoas e cidades aderiram aos protestos. E nem precisa, o barulho está feito, e o desprezo do presidente só faz aumentar a raiva dos estudantes em relação aos seus atos.

A ida do ministro da Educação Abraham Weintraub, que é esperado no Congresso nesta tarde para explicar a diminuição da verba, seria um modo de acalmar os ânimos. Seria, mas o barulho de hoje deixa claro que o Brasil não quer desculpas.

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