O secretário municipal de Saúde da Prefeitura de Sorocaba, médico Vinícius Rodrigues, está agindo de acordo com o que ele acha certo desafiando, desse modo, as orientações do prefeito Rodrigo Manga de fazer um governo sem conflitos, confrontos e para todos, ou seja, não é um governo ideológico.
Na visita a Sorocaba do presidente Bolsonaro, na última sexta-feira, o secretário preferiu seguir as orientações de seu ídolo e do filho dele, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, e flanou entre as pessoas sem o uso de máscara. Nada da visita do presidente dizia respeito à pasta da saúde, mesmo assim, o secretário esteve presente. E fez questão de não usar máscara, ao contrário do prefeito que não tirou sua máscara em momento algum quando esteve perto de outras pessoas. Vinícius Rodrigues preferiu a ideologia do seu ídolo a respeitar a postura adotada pelo governo Manga.
Uma afronta!
Mas seu desalinho não parou aí.
No dia seguinte, no sábado, no momento mais esperado do ano por todos os membros do Conselho Municipal de Saúde, que é quando acontece a plenária da Conferência Municipal de Saúde – que neste ano ocorreu de forma virtual, por reunião no computador – e os participantes apresentam propostas, fazem sugestões, protestam, criticam, reclamam, elogiam… o secretário resolveu aparecer mais do que todos. E para conseguir isso, o que ele fez, tirou a palavra dos participantes. Simplesmente, com um botão, ele calou quem queria falar. Este autoritarismo é típico do presidente, mas não do prefeito. Manga ouve todo mundo, a favor ou contra. A Conferência de Saúde é para isso, mas o secretário, novamente, preferiu seguir seu ídolo ao partir para o confronto. Resultado, a Conferência de Saúde foi judicializada e corre o risco de ser invalidada. Típica atitude de afronta do secretário ao alinhamento político do prefeito.
Enquanto as atitudes de Vinícius Rodrigues que estão fora de sintonia do prefeito prevalecerem, quem paga a conta politicamente é apenas o prefeito. O secretário, que certamente vai concorrer a deputado, está em campanha. Ele pensa nele, não pensa nem no governo, nem no prefeito e muito menos no cidadão que precisa da saúde pública. O secretário, semana passada, quando defendeu todas as vacinas viu os fanáticos de Bolsonaro criticá-lo. Nessa semana, quando teve a primeira chance de “buscar o perdão” desses fanáticos, voltou a imitar o presidente.