O Índice Big Mac, oficialmente Big Mac Index, é um índice calculado sobre o preço do Big Mac, da cadeia de fast food McDonald’s, em mais de cem países. Ele foi criado em 1986 pela revista inglesa The Economist para explicar um conceito econômico chamado Paridade de Poder de Compra.
Na minha cabeça, desde 2005, quando inaugurado o extinto jornal Bom Dia, eu criei o Índice Cafezinho da Real. É um seguro parâmetro sobre o Poder de Compra da classe média sorocabana.
Alunos da Uniso (Universidade de Sorocaba) fizeram durante anos a coleta de dados da inflação local. Dados publicados pelo jornal Cruzeiro do Sul por um bom tempo.
Mas era a medição da inflação da cesta básica: alimentação e produtos de higiene e limpeza.
A classe média, a que aspira ser classe alta e costuma defender e reproduzir a ideologia dominante, no geral não paga aluguel, consome sem problemas o que está além dos alimentos da cesta básica, viaja para fora do Brasil pagando em 10x no cartão…
É para pessoas dessa classe, a que costuma definir quem será o próximo prefeito (isso aconteceu no século 20 inteiro e também no século 21), que o Índice Cafezinho da Real faz sentido.
Pois bem… no domingo passado o café da Real, aquela xicrinha pequena, passou de R$ 6 para R$ 6,80. Um aumento de 13%.
Não imagino que haja um exorbitante aumento no lucro da Família Souza, apenas a reposição dos custos. Ou seja, a inflação para a classe média bate em 13%, patamar inimaginável desde o advento do Plano Real. Como me disse um amigo, cujo um dos seus prazeres diários está em me convencer a votar pela reeleição do presidente atual, esse dado (Índice do Cafezinho da Real) “é preocupante para o capitão”.