Meu primeiro romance 

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O primeiro livro de gênero romance (ficção) de minha autoria será publicado pela editora Garoupa. 

O lançamento está agendado primeiramente para a cidade de São Paulo, no dia 16 de março, às 16h, quando vou autografar e conversar com os leitores. Em seguida haverá lançamento em Sorocaba e em outras cidades em data e local que serão previamente informados.

A literatura é uma necessidade minha de escrever sobre o que alcancei no mais fundo de mim. Não é jornalismo, não é teoria, não é escrita para quem lê, é, sim, a força da chama de um palito de fósforo cujo a capacidade não é a de iluminar, mas demonstrar a escuridão que nos cerca. Essa metáfora não é minha, é creditada a William Falkner e assim eu a entendo. 

Não há caminho mais simples, verdadeiro e seguro para se chegar perto de alguma coisa que não seja a literatura, seja escrevendo ou lendo.

Meu livro se chama “O Filho do Açougueiro”, embora eu também seja filho de açougueiro ele não é minha autobiografia. É uma grande invenção.

O livro fala de um homem  que leva uma vida mediana num condomínio de alto padrão no pé do Morro de Ipanema na divisa das cidades de Araçoiaba da Serra e Sorocaba, numa casa no meio de um terreno murado e com vizinhos bem longe que ele encontra apenas dentro do carro, fechado, e dá um discreto aceno com a cabeça e uma das mãos levantadas.

Quando todos estavam se protegendo do vírus que confinou as pessoas em 2020, um dia, meses depois do isolamento, ele tem um surto com o barulho vindo da música agroneja da casa mais próxima da sua.

Esse filho do açougueiro vai até a casa do vizinho, bate na porta e o que se desencadeia desse encontro mergulha-o numa viagem para dentro de si, onde vai rever sua vida e o peso de sua família no que ele se tornou.

Essa viagem reaparece em metalinguagem, numa estória dentro da estória, ao final da narrativa.

A ação gradativamente dá espaço ao estado da personagem como se ele fosse apenas predicados nominais. Um ser como consequência de uma estrutura.

É essa a história desse livro, de “O Filho do Açougueiro”, não é a minha.

Eu fiquei contente com a publicação. Aconteceu de modo inusitado. Eu enviei o livro para uma outra editora, que havia feito um chamamento público para selecionar obra que pretendia publicar. Meu livro foi recusado. Mas uma das selecionadoras, Marina Ruivo, me contatou, explicou a não escolha de meu livro e disse que tinha o interesse em publicá-lo. Ela é a dona da Garoupa, uma jovem editora, independente. Eu entendi que havia chegado o momento de parar de adiar a publicação do que escrevo. Foi uma decisão difícil. 

Meu desejo, agora, é que o livro seja lido. Não que gostem dele. Mas seja lido simplesmente. Um livro sem leitor não existe. Será frustrante se ele não existir. 

O livro está em pré-venda no site da Garoupa (https://www.garoupaeditora.com.br/o-filho-do-acougueiro/p) ou diretamente comigo, conforme dezenas de pessoas já fizeram no primeiro dia de pré-venda, o que me deixou esperançoso que ele venha a ser lido.

Cada exemplar custa R$ 60,00.

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