Apesar da minha insistência, provedor da Santa Casa nunca quis conceder entrevista e prefere a tática de ficar em silêncio há dois anos

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Em julho deste ano, a Polícia Civil informou que apura suposto desvio de R$ 6,6 milhões da Santa Casa de Sorocaba. A informação foi passada pelos delegados Marcelo Carriel e Alexandre Cassola, da Delegacia Seccional de Sorocaba. Durante a apresentação, os delegados informaram que o ex-provedor da Santa Casa, José Antonio Fasiaben, foi indiciado por corrupção passiva.

De acordo com o inquérito, a quantia milionária foi desviada entre 2003 e 2014. O desvio era feito por meio de contrato com uma empresa que prestava serviço de manutenção em macas e camas do hospital. Porém, foi levantado que, na verdade, esta empresa é uma funilaria de automóveis que não serviria para prestar este serviço para hospitais.

Em 2015, a Polícia Civil já havia indiciado quatro pessoas, entre elas Fasiaben, no inquérito policial que investiga irregularidades na Santa Casa de Sorocaba. De acordo com o delegado Alexandre Cassola, Fasiaben, que é ex-provedor da entidade, foi indiciado por “associação criminosa, participação em falsidade ideológica e peculato (desvio de dinheiro público)”.

Ainda no documento, mais três pessoas foram indiciadas, sendo elas Mirieli Adelia Oliveira, por associação criminosa e participação em falsidade ideológica; Selma Durão, por associação criminosa, participação em falsidade ideológica e peculato; e Lígia Maria Cesari Rizzo, por falsidade ideológica e associação criminosa.

À época o delegado explicou que foi descoberto, pela investigação, “o desvio de aproximadamente R$ 170 mil”. Segundo Cassola, “conveniados passariam por atendimento no SUS (Sistema Único de Saúde), mesmo pagando pelo plano de saúde. Para que isto ocorresse, o convênio falsificava documentos e os enviava para a rede de saúde pública”.

Antes de prestar depoimento na Seccional, Fasiaben é detido na banco detrás da viatura e não usa algemas.

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