No começo da noite de segunda-feira (10/8) no Le Caffé, encontrei Paulo Betti conversando com Rosely Sayão uma das principais psicólogas do Brasil com coluna no jornal Folha de S. Paulo, rádio Band News e participações sistemáticas no programa Saia Justa do GNT. Ela decidiu manter residência em Sorocaba por conta de sua atuação profissional no Grupo Objetivo e Paulo Betti me contou que até o final de setembro vai viver em Sorocaba onde está concentrado na produção do seu novo filme. Era uma conversa de dois amigos.
O filme “A fera na Selva” tem roteiro baseado na novela homônima do escritor inglês Henry James, publicada em 1903, e que foi encenada por Paulo Betti e sua ex-mulher, a também atriz sorocabana Eliane Giardini, na década de 80. Tive a chance de ver essa encenação do então casal num túnel (na época desativado) que servia de acesso aos pedestres à antiga Estação de Trem de Campinas. Foi um evento essa encenação, feita à noite. Atraiu centenas de pessoas. Era um sábado. Na manhã seguinte dei carona aos dois até Sorocaba naquele que foi o meu primeiro automóvel, uma Belina vermelha toda remendada. Me lembro de uma atuação magnífica de Eliane. Ela mergulhou na personagem e me tocou em temas como solidão, destino, amor e morte.
Paulo Betti, com sua forma de ver o mundo e se dedicar ao universo de sua origem (Sorocaba) abre a chance a qualquer sorocabano interessado de fazer parte do filme: atores, roteiristas, fotógrafos, maquiadores, iluminadores, criadores de videogames, desenhistas, escritores, mágicos, bailarinos, músicos, skatistas, cantores, sapateiros, pedreiros, marceneiros, carpinteiros, advogados, médicos, engenheiros, esportistas, empresários, professores, donas de casa, jornalistas, jardineiros, lixeiros, cabeleireiros, barbeiros, cozinheiras… Todo mundo que quiser se aproximar, entender, conhecer, ajudar nas filmagens será bem-vindo, diz Paulo Betti.