Tenho defendido a necessidade de respeito entre as pessoas que não gostam do PT e seus membros e participantes e as que gostam. Entendo que a Constituição deve ser cumprida e que os deputados devem ter juízo em pensar no Brasil e não em agradar seja ao eleitor, seja a um aventureiro como o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que coloca questões pessoais acima daquilo que é o interesse público. Mas tenho falado sozinho. Cada vez mais sinto isso. Os exemplos pululam em nosso cotidiano. O mais recente aconteceu aqui neste espaço. Rodrigo Lisboa, leitor deste blog, não poupou palavras para comentar seu sentimento em relação a postagem que fiz ontem (11/08) sobre a presença de Paulo Betti em Sorocaba. Ele escreveu: “Que suma daqui e vá puxar saco da Dilma, Lula e resto da quadrilha! Vergonha desse babaca ser sorocabano!”
O ex-vereador Gabriel Bitencourt, hoje sem filiação partidária, mas que fez carreira no PT, fez uma defesa de Paulo Betti que eu assino embaixo: “A que ponto a arrogância e a prepotência das pessoas têm chegado nestes últimos tempos! Como alguém pode achar que tem o direito de expulsar outra pessoa de uma cidade, apenas, porque a outra pensa de forma diferente? Porque tem opiniões diferentes? Esse tipo de postura leva a acontecimentos como, creio que você há de lembrar, caro Deda Benette, de um jovem que passeava na avenida paulista e quase apanhou porque sua camiseta era vermelha. Essas posturas são a antessala dos linchamentos virtuais ou reais. Lamentável!”
Sônia Dini, advogada sorocabana, mãe do vereador Fernando Dini, teve uma postura mais branda, porém não menos rígida em relação a questão: “Não digo sumir, mas vejo com outros olhos pessoas que estão acompanhando as façanhas do PT e continua os apoiando. Paulo Betti caiu no meu conceito, vejo meus amigos desempregados, falidos e não acredito que alguém, em sã consciência, possa apoiar”.
As manifestações não pararam. Muitos partiram para a falta de educação contra Paulo Betti e também contra Gabriel . Nem o fato dele ter defendido a candidato de Pannunzio em 2012, aparecendo inclusive no programa eleitoral do PSDB, poupou ele das agressões dos internautas. Insisto em defender que os diferentes podem conviver em harmonia como sempre fizeram. Não se trata mais de defender uma cor, como se política fosse briga de torcida, mas de defender o que é público e de interesse público.