A prefeita Jaqueline Coutinho não apenas esteve presente no jogo do São Bento, domingo passado, que consagrou o maior feito da história de 104 anos do clube que garantiu o acesso à série B do Campeonato Brasileiro de 2018, como concedeu entrevista às emissoras que faziam a cobertura do evento.
O serviço de som do estádio – que é responsabilidade da empresa de Fausto Peres desde antes dele ser vereador, cargo que exerce atualmente – achou por bem informar ao público da presença de autoridades. Tivesse se limitado a falar da presença dela, talvez não tivesse gerado o desagrado que provocou uma vez que divulgou apenas algumas autoridades (Flávio Alves, secretário de Esportes; Francisco Pagliato Neto, secretário de Relações Institucionais; Sandra Navarro, secretária de Comunicação e Eventos; Rodrigo Manga, Hudson Pessini, Wanderlei Diogo, Renan Santos, todos vereadores) e não citou outras também estavam presentes no estádio (Júlio Guebert, adjunto do Delegado Geral da Polícia Civil do Estado de São Paulo; Raul Marcelo, deputado estadual; Fernando Dini, vereador; Glauber Piva, secretário de Cultura; sem contar as que eu não vi lá, mas certamente estavam).
Isso sem falar da ausência de citações de pessoas que ajudaram na construção do São Bento (ex-presidentes João Câncio e Reinaldo Rio Branco, que foram os que vi lá e certamente poderiam ter outros ex-presidentes presentes; e certamente o maior mecenas do time nos últimos 30 anos, Zezo Lanaro, que fez questão de – junto do filho, netos e nora – testemunhar este momento; foram empresários do comércio e indústria que com muito ou pouco ajudaram ou ainda ajudam o time).
Abertamente, é óbvio, ninguém reclamou, mas evidentemente que sentiram o lapso. Agora, asseguro, para os quase 10 mil torcedores presentes no estádio ter o nome citado nada significou. A citação, feita enquanto o jogo transcorria, passou desapercebida da maioria que foram ao jogo pela paixão pelo time e por serem testemunha do momento mais glorioso do time até aqui.
Mas improvisar num momento tão solene como o jogo do principal acesso do São Bento acabou sendo descabido. Por mais amizade que haja entre Fausto Peres e a prefeita Jaqueline, e por mais evidente que possa ter sido sua boa intenção, o fato é que provoca estranhamento. Mais, provoca confusão ao dar margem para que se interprete que a prefeita foi citada porque seu advogado é o presidente em exercício do São Bento. O que, todos sabem, não teve influência alguma. Estou certo que Fausto Peres quis somente agradar.