Carros perdem as calotas na rua Augusto Lippel devido a quantidade de buracos no local. Um dos projetos a ser votado pelos vereadores é para obter dinheiro para melhoria no local que vai receber o tráfego após a construção de viaduto no local. Foto do acervo pessoal do jornalista Leandro Nogueira
Quatro projetos de lei de autoria do prefeito Crespo – que dizem respeito à contratação de um total de R$ 105 milhões em empréstimos junto à Caixa Econômica Federal, para a realização de obras na cidade, por meio do Programa Finisa (Financiamento à Insfraestrutura e ao Saneamento na Modalidade Apoio Financeiro) – serão votados nas sessões extraordinárias da Câmara Municipal de Sorocaba nesta quinta-feira, 7 de dezembro. Um desses empréstimos está diretamente ligado à construção de um novo viaduto sobre a rodovia Raposo Tavares.
Na exposição de motivos dos projetos, o Poder Executivo salienta que o Programa Finisa da Caixa tem como objetivo “facilitar e ampliar a concessão de crédito para obras de saneamento ambiental, transporte e logística e energia, tratando-se, sem sombra de dúvida, de alternativa para ampliar os produtos de financiamento diante da necessidade de incentivar investimentos em infraestrutura e saneamento”.
O Projeto de Lei nº 276/2017 autoriza o Executivo a contratar um empréstimo junto à Caixa da ordem de R$ 36 milhões, a serem utilizados na pavimentação da Avenida Augusto Lippel, que terá acesso direto ao futuro viaduto que interligará a Avenida João Wagner Way à Rodovia Raposo Tavares, nas proximidades da loja Leroy Merlin. “A intenção com a implantação desse acesso é desafogar o trânsito daquela região da cidade, que se encontra em pleno desenvolvimento econômico”, informa o Executivo.
O Projeto de Lei nº 277/2017 autoriza o Executivo a contrair empréstimo de R$ 48 milhões junto à Caixa, com o objetivo de pavimentar a Avenida Três de Março. Segundo o Executivo, a referida obra irá proporcionar novo acesso ao Bairro Aparecidinha, do centro ao Bairro, não havendo, dessa forma, necessidade de se acessar a Rodovia Castelinho, o que vai desafogar o trevo de acesso ao mencionado bairro e à Zona Industrial.
Já o Projeto de Lei nº 278/2017 autoriza o Executivo a contratar um empréstimo da ordem de R$ 6 milhões a serem utilizados na construção do Reservatório de Detenção de Cheias do Córrego Supiriri. Segundo o Executivo, a obra irá melhorar o sistema de macrodrenagem do referido córrego, promovendo a contenção de cheias e minimizando, com isso, os impactos negativos das épocas de chuvas fortes.
Por fim, o Projeto de Lei nº 279/2017 autoriza o Poder Executivo Municipal a contratar empréstimo junto à Caixa no valor de R$ 15 milhões a serem destinados à pavimentação, abertura de ruas e execução de obra de arte entre os Bairros Carandá e Parque São Bento.
Artesp aprova viaduto
As obras para construção do novo viaduto que fará a ligação entre as ruas João Wagner Wey e a Augusto Lippel, na zona sul de Sorocaba, na altura do km 101 da Rodovia Raposo Tavares (SP-270) estão autorizadas pela Artesp (Agência Reguladora de Transporte do Estado de São Paulo) há dois meses. As áreas técnicas do órgão e da Concessionária CCR ViaOeste formalizaram a aprovação das obras junto à Prefeitura de Sorocaba e agora é preciso o incremento do local (rua Augusto Lippel) onde vai desembocar o tráfego de veículos – projeto a ser votado na sessão desta quinta-feira.
O projeto é uma medida mitigatória de compensação pelos impactos da implantação do empreendimento residencial Parque Salamanca, que terá 704 apartamentos, em 22 torres de oito andares cada uma, e está em construção na região pela empresa MRV Engenharia e Participações S/A.
A decisão de interligar as duas ruas por meio de um viaduto sobre a rodovia foi alvo de protesto e contestação judicial por representantes da Ambeu (Associação de Moradores dos Bairros Elton Ville e Uirapuru), que reclamam que o viaduto irá sobrecarregar o trânsito, principalmente na rua João Wagner Wey, onde está sendo construído o Parque Salamanca. As obras do empreendimento residencial chegaram a ser embargadas pela Prefeitura de Sorocaba, mas a empresa recorreu à Justiça e conseguiu suspender a interdição das obras.
A construção do viaduto também chegou ao Ministério Público, onde as partes envolvidas firmaram um TAC (Termo de Ajuste de Conduta) que estabeleceu obrigações para ambas. Conforme o documento, o governo municipal ficou de providenciar a documentação necessária para que o viaduto pudesse ser construído, e a MRV ficou responsável pela obra.