Caramba, o tempo não pára mesmo!

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A voz que embalou boa parte de minha vida se calou de vez no final da tarde de quinta-feira: morreu a cantora e compositora Miúcha.

Quase na madrugada de hoje, quando minha mulher chegou em casa do trabalho, e falávamos sobre como havia sido nossos dias, ela me perguntou: você viu que a Miúcha morreu?

Eu havia passado a noite com amigos, jogando tênis e bebericando, e surpreso fiz a seguinte interjeição: nossa, não, tão nova!

E então minha mulher me disse: pois é, pensei o mesmo quando vi a morte e então descobri que ela tinha 81 anos. O que? 81 anos?

Miúcha era um talento por si.

Me incomodou a unanimidade da narrativa sobre sua morte se referir, a todo instante, como “morreu a irmã de Chico Buarque….” ou “morreu a ex-mulher de João Gilberto…” Não que  isso a diminua, mas ela, sua voz e sua interpretação foram bem maiores do que essa condição familiar.

Se você gosta de Bossa Nova, como eu, certamente é igualmente fã dela. Se não a conhece, corra ouvir. Você vai gostar.

Miúcha é apelido de Heloisa Maria Buarque de Holanda.

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