O rito do impeachment é previsto na legislação. Primeiramente o documento protocolado pelo presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Sorocaba, Salatiel Hergesel, será analisado pela Secretaria Jurídica da Câmara, que dará um parecer sobre a legalidade dele.
No rigor da lei, como ainda vai haver uma análise do pedido, é de ao menos 50% a chance dele ser considerado legal e, então, o presidente do Legislativo, Rodrigo Manga, que é do mesmo partido do prefeito, decide quando colocar o pedido de impeachment em votação. Se colocado em votação o pedido, o processo de impeachment só será aberto se forem favorável a ele dois terços dos 20 vereadores, ou seja, 14. Deixando de lado a maioria e minoria nominais que Crespo tem no Legislativo, seria absolutamente impensável que os dois vereadores do PT, um do PC do B e outro do PSOL seja favoráveis ao impeachment do prefeito uma vez que isso seria negar o discurso que eles têm em relação ao impeachment de Dilma, em que pese o fato de Hergesel ser ligado ao PC do B (ele nunca foi candidato a nada fora da luta sindical). Mas como interpretei no post anterior não passa de um casuístico desespero e interesse pessoal do presidente.
Portanto, embora entenda que o pedido do sindicato não avance além da porta de entrada da Câmara, digamos que ele chegue ao ponto de ser votado, minha sensação é de que ele será rejeitado por unanimidade.
FOTO: Momento em que o presidente do sindicato protocola o pedido na Câmara registrado por César Santana e publicada no portal do jornal Cruzeiro do Sul