A nomeação do engenheiro José Antônio Bolina (presidente do diretório municipal do PTB e candidato a vice na chapa de Renato Amary na última eleição para prefeito) para o cargo de secretário de Habitação seria uma jogada de mestre do prefeito Pannunzio. De uma vez só ele resolveria o problema da secretaria (vale lembrar que Bolina foi um dos mais competentes secretários municipais), acomodaria mais um partido no arco de alianças para 2016 e demonstraria uma visão republicana na composição da equipe. Mas problemas pessoais, ligados a atividade empresarial, levaram Bolina a declinar do convite.
A nomeação do vereador Anselmo Neto (um dos vereadores do PP que já indicou que pretende sair do partido e ingressar no PSDB) seria outra jogada de mestre de Pannunzio. E ela não vai mais acontecer. A dúvida sobre quem é o suplente com direito de ocupar a vaga deixada por ele na Câmara e o ciúme de outros vereadores que vêem a secretaria da Habitação (que vai entregar moradia a 10 mil pessoas neste ano no Carandá, na divisa entre Sorocaba e Porto Feliz) um excelente cabo eleitoral praticamente enterraram a chance de Anselmo assumir a pasta. Ser for ele o escolhido, será uma surpresa para mim.
Mas, a ausência do titular da pasta que é acumulada há 60 dias pelo titular da Mobilidade, Toni Silveira, está gerando ansiedade em parte do secretariado de Pannunzio. Olha só o que aconteceu: Conheço muitas pessoas na política, dos mais variados partidos e perfis ideológicos, e convivo relativamente bem com todos. Mas fui surpreendido numaa tarde dessas ao ser interpelado por um secretário municipal, que de bate-pronto me mandou essa pergunta: não tem ninguém para indicar à secretaria da Habitação?
Como assim? Minha pergunta levou o secretário, a quem entendo que devo manter o nome sob sigilo e que me mostrou certa ingenuidade política (que é o que sua pergunta me revela), a me dizer que é preciso acelerar essa escolha. Nomes técnicos existem, mas a busca é por um perfil político, me explica o secretário. Concordo que exista uma linha de raciocínio (e ela é política), mas não se pode tratar de assunto tão sério como conversa de corredor. Confesso, preferia não ter sido alvo dessa desastrosa pergunta. O secretário me explica que está cada vez mais difícil encontrar uma pessoa que prefira se sacrificar na vida pública e enfrentar o olhar daqueles que vêem no agente político alguém que deseja, apenas, o próprio enriquecimento e feito de maneira ilícita. Nisso o secretário está cheio de razão.
Conheço muitas pessoas na política, dos mais variados partidos e perfis ideológicos, e convivo relativamente bem com todos. Mas fui surpreendido ao ser interpelado por um secretário municipal, que de bate-pronto me mandou essa pergunta: não tem ninguém para indicar à secretaria da Habitação? Nome de vereador está praticamente descartado
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