Vitor Lippi, que na eleição de 2014 obteve somente em Sorocaba mais de 110 mil votos, desde que assumiu o mandato tem se posicionado como um aliado do presidente do Câmara, Eduardo Cunha, parlamentar do Rio de Janeiro. Eu tenho sido critico dele por essa, e outras posturas, dizendo que ele está se posicionando muito à extrema direita no espectro político. Na semana passada, acuado por acusações de ter recebido propina, Cunha partiu para o ataque contra o procurador geral da República, juiz que conduz o caso Lava-Jato entre outros atos cujo a dimensão ainda não são possíveis de dimensionar.
Diante disso, conversei com o deputado Vitor Lippi e quis saber dele, primeiramente, se havia telefonado (já que o congresso está em recesso) a Eduardo Cunha para se solidarizar com o momento pelo qual passa. Muitos parlamentares fizeram isso, mas Lippi me disse que não fez contato com Cunha e acompanha toda a repercussão da manifestação de Cunha pelo noticiário e pelo whattsapp do PSDB. Lippi me disse que o momento é de expectativa e apreensão com o que poderá ocorrer diante da fala de Cunha. O deputado sorocabano disse que ficou surpreso com o tom agressivo de Cunha que, para ele, não condiz com o habitual para o presidente da Câmara. Lippi está convencido que a fala de Cunha surpreendeu negativamente os parlamentares em geral pois ele exagerou na fala. Lippi me disse que Cunha possa até pensar tudo o que disse, mas não falar. A postura de Cunha, me disse Lippi, criou uma preocupação, mas que é prematuro se manifestar sobre o afastamento dele da presidência da Câmara. Lippi me disse que vai aguardar os desdobramentos dos fatos e ver a temperatura deles em agosto, quando os parlamentares voltam do recesso, para se posicionar. Mas me disse que a fala de Cunha causou uma intranqüilidade nunca vista antes neste ano na Câmara entre os parlamentares, afinal a percepção dele é que a maioria não concorda com suas palavras e com o toma agressivo usado por ele