Sofrimento das vacas e bois, caçados e violentados durante os torneios, revolta os protetores dos animais que acusam os deputados de inconscientes
O ambientalista Gabriel Bitencourt (que foi vereador em Sorocaba e é colunista de Meio Ambiente do Jornal da Ipanema – FM 91.1Mhz) ocupou o seu horário de hoje (02/06) na emissora para denunciar que o Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (31/05), em segundo turno, a chamada PEC da Vaquejada – Proposta de Emenda à Constituição 304/17 –, que acaba com os entraves jurídicos, no Brasil, para a realização da vaquejada: prática na qual dois vaqueiros montados a cavalo têm de derrubar um boi, puxando-o pelo rabo.
Mais que isso, Gabriel denunciou que a PEC foi aprovada com os votos dos dois deputados federais de Sorocaba, Vitor Lippi (PSDB) e Jeferson Campos (PSD), além do voto de Herculano Passos (PSD), de Itu.
O ambientalista classificou de “lamentáveis retrocessos vindos da pior composição dos Congresso Nacional de muitas décadas! (Terá havido pior?)”. Num outro trecho, afirmou que “vários deputados das respectivas bancadas de Lippi e Jeferson votaram contrariamente, ou seja, o partido não fechou questão”. Por fim, concluiu o ambientalista, o voto de Lippi e Jeferson “foi de (in)consciência”.
Entidades protetoras dos animais do Brasil prometem recorrer da decisão, que se passar a vigorar tem força de lei maior do que qualquer lei municipal, e afirmam que o mal-trato é “algo cruel e sem sentido”. Afirmam ainda que “há diversos tipos de manifestações culturais que não envolvem o sofrimento dos animais”. Para quem aprova a vaquejada, lembram os protetores: “Quando aprenderemos que os animais sentem dor, angústia, sofrimento?”