Deputados saem em defesa de candidato tucano. DEM conquista PV e chega a 10 coligados. PRB fica com o Pros e o PSC. PEN está com PHS e PC do B. PT e PSOL vão sozinhos. E o PSD e o PSB dos deputados cunhados?

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Agora, no meio da tarde de sexta-feira (29/07), o clima é de tensão e trabalho dos pré-candidatos a prefeito para conquistar partidos aliados: leia-se tempo no horário gratuito de Rádio e TV. Pela manhã a deputada estadual Maria Lúcia Amary esteve na coluna O Deda Questão no Jornal Ipanema (FM 91,1Mhz) e simultaneamente o deputado federal Vitor Lippi foi ao Jornal da Cruzeiro e ambos com o mesmo objetivo, o de abafar qualquer boato de que haveria a troca do candidato João Leandro pela candidatura da deputada no ninho tucano. Maria Lúcia revelou-se indignada com o PRP que ficou junto do PSDB por quatro anos e de repente mudou para o PRB. Até agora, o PSDB tem garantido o PMN e o PR ao seu lado.

O candidato do DEM, com dez partidos até agora e o mais recente deles foi o PV, já tem assegurado o maior tempo de Rádio e TV na propaganda eleitoral.

Glauber Piva do PT vai de chapa pura.

Raul Marcelo do PSOL, igualmente.

O PEN de Laerte Molleta está com o PHS e PC do B.

O PRB de Hélio Godoy depois de garantir o PRP fechou com o Pros e, embora ainda não oficial, também com o PSC de Flávio Chaves.

Mas a grande pergunta é: E o PSD do pastor Jefferson Campos, deputado federal, e o PSB do pastor Carlos Cézar, deputado estadual? Carlos Cézar é casado com a irmã de Jefferson. Ambos lideram a Igreja Quadrangular em Sorocaba e são bem-vistos na liderança de toda a igreja no Estado. O objetivo deles é abrigar Apolo, vereador do PSB, também pastor. E abrigar significa oferecer uma coligação na chapa de vereador com candidatos porque o PSB não tem o quadro completo. O PEN, de Molleta, numa articulação da sua vice, Tais Romão do PHS, esteve sempre muito perto de fechar com os deputados cunhados o apoio do partido deles. Mas sei que neste momento, estão em São Paulo em conversações com Kassab (liderança nacional do PSD) e com Márcio França (vice-governador e liderança estadual do PSB) o candidato do DEM, Crespo, e seu padrinho político, Renato Amary do PMDB.

Nem Tais, nem Jefferson, nem Renato Amary e nem Crespo atendem minhas ligações. Até por causa desse assédio, tanto o PSD quanto o PSB foram os únicos que não marcaram suas convenções para este final de semana. A princípio será no último dia previsto em lei, 5 de agosto. Obviamente que até à noite a definição já esteja feita.

Ter reunido tantos partidos, significa o seguinte para Crespo. Item 1) Ele terá um exército de candidatos a vereador pedindo votos para ele muito maior do que qualquer outro candidato. Item 2) Reuniu o maior tempo no Rádio e TV, ou seja, ao longo do dia os comerciais de 15 e 30 segundos terão muito mais Crespo do que qualquer outro candidato. Resultado disso é que a soma dos itens 1 e 2, pela lógica, levarão Crespo ao 2º turno da eleição.

Dos outros candidatos, PT e PSOL buscam os votos dos eleitores que tem uma visão ideológica mais à esquerda do que é viver em sociedade e, historicamente, esses eleitores são em número bem menor em Sorocaba. Imagina-se que chegue, com exagero, em 30% do eleitorado. PSDB, PEN e PRB vão atrás dos votos de centro e à direita daqueles que não se sensibilizarem com Crespo, que busca votos no mesmo perfil do eleitorado e sai com a vantagem de aparecer mais na propaganda gratuita por causa dos partidos aliados.

Portanto, pela lógica, é possível supor que Crespo preparou melhor seu terreno para chegar ao 2º turno e fica a dúvida se PSDB, PEN e PRB vão dividir os votos a ponto de um candidato da esquerda ir ao 2º turno e esse, como demonstra a primeira pesquisa, é Raul Marcelo do PSOL que alcançou o expressivo patamar de 20%.

O importante a ressaltar é que a lógica, quando se trata de eleição, não é matemática. E o fato de ter reunido mais tempo para a propaganda, também pode significar que isso mais atrapalhe do que ajude o candidato Crespo se não tiver uma produção muito bem pensada e elaborada. A força dos deputados Vitor Lippi e Maria Lúcia Amary (campeões de voto em 2014 em Sorocaba) estará à prova, pois eles assumiram o compromisso de apresentar João Leandro à sociedade, uma vez que ele é conhecido no nicho político por sua atuação como secretário de Governo do prefeito Pannunzio. Laerte, por sua vez, tem a chance de se apresentar como a novidade que tanto indicam as pesquisas que é o desejo do eleitorado. Godoy, com a força de ter sido o vereador mais votado em 2012, também testa o carisma de se apresentar como o candidato da vez para ser o prefeito.

Enfim, até aqui, o quadro é esse. Seguramente será outro quando a campanha começar e cada candidato colocar ao eleitor o seu discurso do que fez, faz e pretende fazer.

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