Entidades reagem à greve: é ação política dos contrários as reformas do país

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Está estabelecida uma queda de braço entre as entidades que representam os empresários e empreendedores de Sorocaba e as lideranças das principais centrais sindicais do país, com representação na cidade, e que organizam a Greve Geral anunciada para amanhã.

Associação do comércio

“Compreendemos que realizar uma manifestação é direito de todos e que deve ser respeitado. Todavia, é nítido perceber que o que provavelmente acontecerá amanhã se trata de uma greve política, organizada por pessoas contrárias a Reforma da Previdência, que querem deixar as coisas como estão e não visualizam as melhorias que algumas mudanças podem trazer”, afirma trecho de Nota Oficial sobre o ato de amanhã emitido pela Associação Comercial de Sorocaba. A entidade finaliza seu posicionamento assim: “Empresário não faz greve. Empresário quer sempre o melhor para o Brasil. Fica ratificado em nome do presidente Sérgio Reze, que a Associação Comercial de Sorocaba é a favor da ordem e cumprimento da lei.”

Justiça garante ônibus

O Tribunal Regional do Trabalho da 15ª região (a quem inclui Sorocaba) concedeu liminar solicitada pelas empresas Consor e STU, que operam o transporte coletivo na cidade, e determinou o funcionamento de parte da frota dos ônibus de Sorocaba nesta sexta-feira. O Sindicato dos Rodoviários de Sorocaba e Região, ligado àq CUT (Central Única dos Trabalhadores) havia anunciado a adesão à Greve Geral para mobilizar a sociedade contra a Reforma da Previdência, os cortes na educação e o desemprego.

Sem decisão do lixo

Se decidiu pelos ônibus, o Tribunal Regional do Trabalho ainda não deu posicionamento sobre o pedido das empresas CSA (Consórcio Sorocaba Ambiental) e Litucera Limpeza e Engenharia Ltda, responsáveis respectivamente pela coleta de resíduos sólidos domiciliares e comerciais, bem como pela limpeza urbana em Sorocaba, para tentar que todos os colaboradores trabalhem ou um número suficiente para manter pelo menos 80% dos serviços nesta sexta-feira.

Prefeitura não reconhece adesão

Em Nota Oficial emitida no começo da noite de quarta-feira, a prefeitura de Sorocaba não reconhece o direito de greve dos funcionários públicos alegando que o comunicado feito pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais não atende ao que diz a Lei Geral de Greve.

Leia a íntegra:

“A Prefeitura Municipal de Sorocaba informa que recebeu a notificação do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Sorocaba no dia 10 de junho de 2019 e apresentou contranotificação à mesma, no dia 12 de junho de 2019, referente ao comunicado de greve geral programada para a sexta-feira, 14 de junho.

Por não cumprir os requisitos legais no disposto do artigo 4º da Lei 7.783/89(Lei de Greve), que obriga todos os sindicatos a realizarem edital de convocação da assembleia e sua publicação, ata da assembleia e lista dos servidores presentes, a administração municipal não reconhece que o sindicato respeitou os requisitos legais inseridos na lei de greve.

Assim, para que seja lícito o movimento grevista, este deverá ser precedido por deliberação por assembleia geral, especialmente convocada para este fim. Afinal, a greve representa o interesse da classe trabalhadora e não da entidade sindical que a representa.

Caso não haja o atendimento e o respeito exigido pela própria lei, o Município analisará oportunamente a eventual falta de seus servidores.

Diante disso, a prefeitura municipal informa que todos os seus serviços prestados à população não serão interrompidos.”

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