Escola sem Partido preconiza o fascismo, diz vereadora. Escola do jeito que está é anarquismo esquerdista, rebate vereador. Opinião dos ouvintes ficou dividida sobre o tema e comportamento dos dois parlamentares no debate

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EscolaSemPartidoO projeto de lei “Escola Sem Partido” (ESP), de autoria do vereador Luis Santos (PROS), em tramitação na Câmara de Vereadores de Sorocaba, foi tema de um debate na manhã de hoje na coluna O Deda Questão no Jornal Ipanema (leia postagem anterior sobre o tema).

O autor do projeto, que é pastor de Igreja Evangélica e se autodenomina um conservador, aceitou o convite para debater com a também vereadora Iara Bernardi (PT), professora aposentada, ex-dirigente da Apeoesp (sindicato dos professores da rede pública de ensino do Estado de São Paulo, ex-deputada federal e ex-representante do Ministério da Educação no Estado de São Paulo.

O resumo da posição dos dois é:

Para Iara Bernardi, o projeto Escola Sem Partido e seus defensores, são fascistas, repressores e autoritários ao impor regras do que pode e não pode ser dito a um aluno.

Para Luís Santos, a escola do jeito que está é um palco para que professores profetizem sua visão esquerdista anarquista de manipulação dos estudantes, onde é praticada a democratura, ou seja, aos que aplaudem a escola do jeito que está os esquerdistas anarquistas chamam de democratas e os que criticam são reacionários e fascistas.

A audiência da rádio, sempre qualificada, se manifestou acima da média hoje. Foram centenas de ouvintes se manifestando ao longo do debate que teve início por volta das 8h15 e seguiu até às 9h. Pincei alguns desses ouvintes e publico aqui a manifestação deles uma vez que demonstra o todo dos ouvintes.

Jorge Marum, promotor público do Minsitério Público em Sorocaba: “Sou completamente a favor da Escola sem Partido e parabenizo o vereador Luís Santos pela coragem e pela clareza ao enfrentar a doutrinação esquerdista nas escolas”.

Márcio Leme, advogado e vice-presidente da OAB em Sorocaba: “É lamentável dois parlamentares não terem a capacidade de debater ideias; trocam agressões baixas que me causam vergonha”.

JP Miranda, o mais jovem vereador da Câmara de Sorocaba e representante regional do MBL: “Apoio o Escola Sem Partido em Sorocaba pelo fim da imposição de ideias na sala de aula. Vou dar um exemplo, para a Professora e Vereadora Iara A queda da Dilma foi um golpe, mas todos nós sabemos que foi impeachment conforme a previsão constitucional. Como você acha que ela ensinaria os alunos? O professor tem que ensinar o fato como ocorreu e não como ele pensa que ocorreu. O projeto Escola Sem Partido garante que a criança aprenda a verdade , conforme o conteúdo pedagógico e não seja doutrinado. Somente essa esquerda raivosa é contra”.

Irineu Toledo, vereador que está há três mandatos na Câmara de Vereadores de Sorocaba, pastor da Igreja Universal do reino de Deus: “Escola sem Partido, não; Escola sem Religião, sim. Se não puder levar aos alunos consciência politica, a quem o professor vai levar? Às carteiras?????: Não precisa de lei, quem cometer excessos que responda! Não falar de política na escola seria ocultar do jovem em formação, qual o caminho político deve seguir”.

Vilma Chanti, a mais anarquista das ouvintes da coluna O Deda Questão, com manifestações quase que diárias: “O que gostaria de ver seriam debates sobre a saúde abandonada, o ensinamento de Cristo está aí há 2017 anos e quem quer aprender não precisa de “religiões”, já que a religiosidade está inerente ao ser. Esse pastor quer ficar na berlinda com sua seita… É uma imoralidade esse pastor se aproveitar de pessoas que não têm um mínimo de autoestima e fazer de cada uma delas discípulos sem identidade própria. Vereadora Iara não perca tempo com esse sujeito arcaico”.

Jack Catena, que assinou a mais polêmica coluna social da imprensa sorocabana no extinto jornal Bom Dia: “Iara está sendo clara, dando uma aula na rádio. Esse pastor é uma vergonha, certamente uma amostra de seus eleitores!”

 

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