Reportagem de Millena Lopes, publicada no Jornal de Brasília, explica o suposto esquema de distribuição de propina no Governo do Distrito Federal a partir de um esquema de propina na Secretaria de Saúde. E o detalhe é que ele envolve uma pessoa bastante conhecida dos sorocabanos, o ex-secretário municipal da Saúde, da administração dpo prefeito Pannunzio, médico Armando Raggio. Leia a íntegra da denúncia publicada pela jornalista no endereço (http://www.jornaldebrasilia.com.br/cidades/gravacoes-revelam-que-marcia-rollemberg-comandaria-saude/ ). As investigações apontam para a responsabilidade da primeira-dama Márcia Rollemberg que teria super poderes na Secretaria da Saúde. O desenho de um fluxograma mostra a ação de pessoas ligadas a ela e ao seu marido, o governador Rodrigo Rollemberg. O esquema de corrupção traz nomes como o do chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio, que seria a “figura de confiança” do governador. Adiante, explica que, ligados a Sampaio teriam outras pessoas: Sady Carnot Falcão Filho, ex-diretor executivo do Fundo Nacional de Saúde; o diretor do Hospital da Criança, Renilson Rehem; e Armando Raggio, diretor da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs).
Raggio ficou 22 meses no cargo em Sorocaba
Raggio foi secretário da Saúde de janeiro de 2013 até outubro de 2014, quando pediu para deixar o cargo. Na época Raggio disse que a decisão de pedir sua exoneração partiu dele próprio pois tinha decidido voltar para a vida acadêmica em Brasília, cidade onde residia com sua família antes de aceitar compor a equipe de governo de Pannunzio em 2013. Ao sair de Sorocaba, Raggio assumiu a Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde, agora envolvida na denúncia de um esquema de propina na saúde pública do Distrito Federal.
Entre as principais ações de Raggio como secretário de Saúde foram as mudanças realizadas na forma de atendimento das UPHs (Unidades Pré-Hospitalares) da cidade quando a UPH da Zona Norte passou a atender somente adultos e a UPH da Zona Oeste ficou responsável pelos atendimentos pediátricos. Isso rendeu várias críticas ao então secretário. Mas o esquema prevalece ainda hoje.
Raggio foi processado n o Paraná e 9 anos depois absolvido
Em 2000, quando foi secretário estadual de Saúde do Paraná, Armando Raggio foi alvo de uma ação do Ministério Público Federal do Paraná que o denunciou por “prática de apropriação indébita de verbas do Fundo Nacional de Saúde (FNS), proveniente do Sistema Único de Saúde (SUS)”. Nove anos depois, em 30 de abril de 2009, o Juiz Federal Paulo Cristóvão de Araújo Silva Filho julgou os autos da Ação Civil Pública contra Raggio e absolveu Armando Raggio das narrativas contidas na denúncia.