Ex-secretário muda de opinião e agora acusa o prefeito

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O jornalista Eloy de Oliveira, ex-secretário de Comunicação e Eventos do governo Crespo na Prefeitura de Sorocaba, disse em depoimento à Polícia Civil de Sorocaba – na investigação que apura irregularidades na Lei do Voluntário e não na investigação da Operação Casa de Papel – que “o prefeito de Sorocaba, José Crespo, determinou que a ex-assessora Tatiane Polis recebesse um salário de R$ 11 mil por mês para atuar como ‘voluntária’ na prefeitura”.

Essa opinião diverge, completamente, do seu depoimento à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Câmara de Vereadores que investiga a mesma denúncia sobre o trabalho voluntário na prefeitura, que publiquei neste blog no dia 20 de março quando afirmei: o depoimento de Eloy de Oliveira, durante oitiva à CPI que apura o trabalho de voluntários no Poder Executivo, frustrou os integrantes da CPI que alimentavam a esperança de que ele entregasse, de bandeja, a cabeça de Tatiane Polis. Eloy foi telegráfico: “Tatiane Pólis estava à disposição de todas as secretarias; Tatiane Pólis firmou um termo de compromisso com o gabinete do prefeito Crespo; Tatiane ajudava no programa Fala Bairro; Tatiane não dava ordens a alguém…”

O que mudou entre o dia 15 de março e o dia 16 de abril, momento dos dois depoimentos de Eloy de Oliveira?

No dia 15 de março, quando falou à CPI, Eloy era secretário de Comunicação e Eventos e no dia 16 de abril ele já era ex-secretário uma vez que pediu exoneração do cargo quando passou a ser investigado como denunciado pela Operação Casa de Papel (leia postagens anteriores).

Evidentemente, em um ou outro momento, Eloy mentiu. Deseja-se, com o tempo, entender o motivo de Eloy ter mentido. Minha primeira impressão é que (seja em março ou agora em abril) Eloy mentiu para se proteger. O que leva à pergunta: do que ou de quem?

FOTO: Eloy durante seu depoimento na Delegacia Seccional na Operação Casa de Papel

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