No Natal passado, escrevi sobre isso aqui neste blog, vi um motociclista atropelar uma senhora que estava acompanhada da sua filha, que usava muletas, na faixa de pedestres quando as duas saiam da Igreja Congregação do Brasil, na rua Américo Figueiredo, na praça Nílson Lombardi, no bairro Júlio de Mesquita.
Desde então já se passaram 4 meses e, neste período, eu fiquei atento ao comportamento dos motociclistas sorocabanos e estou estarrecido. Sem medo de errar, afirmo que a quase totalidade deles são transgressores de regras básicas como Verde=Siga e Vermelho=Pare.
Eles criaram uma regra própria, a de desacelerar para se certificar de que não serão atingidos por outro veículo e, então, acelerar. Funciona muito bem para eles, pois não vi nenhum acidente ainda. Mas não funciona para o pedestre.
Semana passada, no semáforo anterior ao acidente que vi no Natal, mas na mesma avenida e mesma praça, vi uma quase-tragédia. Um carro havia parado antes da lombo-faixa, eu cheguei pouco depois, parei e entre o meu e o carro do lado passou acelerando um moto a um fio de cabelo de atingir uma moça que fazia tudo certo: atravessava na faixa exclusiva de pedestre.
Minha mente se perdeu numa viagem animada. Eu me imaginei com super poderes indo atrás do maledeto motociclista. De repente, acordei com o motorista do lado me chamando e perguntando se eu havia visto a quase-tragédia. Tentei explicar que tinha dado uma “viajada” em meus pensamentos sobre aquele instante e ele sentenciou o que pretendia fazer ou pretende que algum governante faça, palavras dele: extermine esse tipo de gente (no caso de nossa conversa aquele motociclista) que não respeita as regras e coloca a vida dos outros em risco.
Quando receberem os estímulos certos, por meio de estratégias adequadas para despertar o motociclista para sua errada transgressão, possivelmente o comportamento que se verifica nas ruas de Sorocaba dessa categoria de motorista mude. Talvez! Mas enquanto não forem estimulados, seja por premiação ou punição, os motociclistas seguirão causando problema ou quase causando.
De verdade, espero que não seja necessário exterminar ninguém, como sugeriu o motorista do carro ao lado, para que este comportamento do motociclista mude. Mas sei, também, que se nada for feito, como não vem sendo, tudo seguirá igual ou pior.