Extremismo produz desastres

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“Muita gente se esquece de que o extremismo produz desastres colossais”.

Essa frase, para mim, resume quem foi Amos Oz, escritor israelense e cofundador do movimento pacifista Paz Agora, morto aos 79 anos, como anunciado na tarde hoje por sua filha no Twitter.

Os conflitos contemporâneos, com sua morte, perderam um de seus principais narradores. O que não é pouco em tempos de redes sociais, onde a imbecilidade impera com ignorantes, analfabetos e imbecis (para citar Umberto Eco) passaram a se expressar desavergonhadamente.

Dos 35 livros de Amos, seguramente uma dezena deles está disponível em português. Inclua ao menos um em sua lista de ano novo. Valer a pena.

“Sinto que é meu dever ser bombeiro da linguagem ou pelo menos o detector de fumaça. Eu ergo minha voz e grito sempre para combater uma linguagem corrompida”, disse em 2017 ao programa Milênio, da GloboNews.

Sobre sua importância, vale a opinião do escritor francês Bernard-Henri Lévy: “Muitas vezes, em momentos trágicos, quando a certeza parecia vacilar e o chão se esquivar, eu me perguntava: ‘O que pensa Amos Oz? O que diz Amos Oz?”

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