Falta de chuva: situação é preocupante, não alarmante

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O diretor-geral do Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Sorocaba), Ronald Pereira da Silva, durante entrevista na coluna O Deda Questão no Jornal Ipanema (FM 91, Mhz) na sexta-feira passada tratou de um assunto que venho abordando sistematicamente desde que sou jornalista, há mais de 30 anos: os longos períodos de falta de chuva em Sorocaba nos meses de inverno.

Ele  foi claro em dizer que está sendo “realista, não amenizando a situação e que hoje a situação do abastecimento de água em Sorocaba é preocupante, mas não alarmante”.

Nesta terça-feira (10 de julho de 2018), se completam 26 dias sem chuva significativa em Sorocaba, uma vez que as gotas de segunda-feira chegam a ser insignificantes ao sistema. A previsão é de que haverá pouca precipitação nos próximos dois meses.

Neste momento está descartado o risco do desabastecimento ou a necessidade de fazer racionamento. Porém, há o temor que medidas restritivas possam a vir ser adotadas, caso volte a fazer calor durante os dias de inverno e não haja chuva o suficiente. “Temos água para abastecer toda a cidade, mas se não chover nos próximos meses, a situação pode se agravar na região do Éden”, explica o diretor-geral do Saae-Sorocaba, Ronald Pereira da Silva.

Situação preocupante

Para preservar a represa Castelinho, que abastece a represa do Ferraz, ambos mananciais da ETA do Éden, o Saae-Sorocaba adotou no último mês, durante o período noturno, a decisão de levar a água produzida na ETA Cerrado para os reservatórios que abastecem os imóveis da região do Éden, preservando os níveis dos mananciais da ETA Cerrado.

De acordo com o diretor de Produção do Saae-Sorocaba, Reginaldo Schiavi, no dia de hoje a represa da Castelinho, que armazena a água enviada para a empresa do Ferraz, está com 70% da capacidade de armazenamento. A represa do Ferraz, cuja função é mais a de alimentar a captação da ETA do Éden, está com 40% de sua capacidade.

Situação cômoda

Na represa do Clemente, a maior fonte de água para tratamento em Sorocaba, a situação é cômoda. A represa do Clemente tem o nível sempre estável, independente da estiagem, já que existe o compromisso da Votorantim Energia em sempre destinar água da represa de Itupararanga em quantidade suficiente para manter a uniformidade do nível.

A represa do Clemente abastece a ETA do Cerrado, assim como a Ipaneminha, cujo nível desta segunda encontra-se em cerca de 90% da capacidade. O reservamento da Ipaneminha apenas é usado em momentos de alto consumo da água produzida pela ETA Cerrado.

Orientação é economizar

Durante sua entrevista, Ronald Pereira da Silva apelou à população para intensificar o combate ao desperdício e assim, evitar a necessidade de medidas mais incômodas, nos próximos meses, para o enfrentamento à falta de chuva.

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