Eu disse na semana passada que o vereador João Donizeti surgia como favorito, sendo o nome de consenso, para presidir o diretório municipal tucano na convenção que vai definir os membros da próxima executiva local do PSDB.
Mas ele conseguiu o apoio do chamado grupo do Pannunzio. Válter José Nunes de Campos, chefe de gabinete da deputada estadual Maria Lúcia Amary, está fazendo valer o acordo que definiu João Leandro como presidente (que é atualmente) e ele o seguinte.
As conversas de João Donizeti com o deputado federal Vitor Lippi e com o vereador Engenheiro Martinez foram como um balde de água fria nas pretensões dele, ao menos por enquanto.
Em jogo, vai estar a palavra de Fernando Henrique Cardoso, o presidente de honra do partido, que ao se referir à disputa nacional disse que manda quem tem voto. Era uma referência à disputa entre Dória e Alckmin pelo comando nacional.
Em Sorocaba, Pannunzio (que é tido como o mentor da candidatura de João Donizeti) é o anti-Dória. Maria Lúcia e Lippi (que chegou a ser convidado para ser secretário de Dória), reeleitos, são “Dória de carteirinha” como se diz.
A intenção é o consenso, mas João Donizeti em uma semana viu enfraquecer esse seu papel. Válter José já se posicionou e deixou claro que vai para a disputa, se necessário, para fazer valer o combinado (inclusive com João Donizeti) de que ele seria o próximo presidente da legenda.
Em jogo, mais do que a vaidade de presidir o partido, o poder de conduzir o processo de escolha do candidato a prefeito do PSDB em 2020. A firmeza de Válter José de ser o presidente reforça a intenção de Maria Lúcia Amary vir a ser a candidata tucana a prefeitura de Sorocaba.