Dentro do plano de contingência anunciado determinado pelo prefeito Pannunzio para a sua equipe de secretários, uma decisão foi tomada e atinge em cheio os funcionários da área de saúde da prefeitura: o pagamento das horas extras e suplementares (aquelas que são feitas além da jornada estipulada para a função) será feito, mas em três parcelas. Assim, quem trabalhou hora a mais em agosto, vai receber este a mais em três partes uma paga em setembro, outra em outubro e a última em novembro. Essa decisão tem um caráter didático, ou seja, fazer com que o funcionário público, em especial o da saúde, entenda que é expressamente proibido que se faça hora extra ou suplementar sem a autorização do gestor e quem fizer terá de explicar a razão.
O que mais chamou a atenção dos gestores financeiros da área da Secretaria da Saúde, que se debruçam sobre o gerenciamento de recursos desde que o médico Francisco Fernandes assumiu a pasta, é a existência de duas horas extras diárias incorporadas ao salário de funcionários das 17h às 19h em UBSs (Unidades Básicas de Saúde) onde não há a presença de médicos. São duas horas a mais para atender ao longo de todo um mês, entre as cinco da tarde e sete da noite, apenas seis pacientes cujo a complexidade não exige nem urgência e nem emergência.
Não consegui o acesso ao valor que se vai economizar com a proibição de horas extras e suplementares na saúde e nem quantas dessas horas foram feitas em agosto e serãopagas em três parcelas, mas meu informante usou a expressão significativa.