Quando escrevi na postagem de ontem que a juíza Karina Jemengovac Perez, da Vara da Fazenda Pública do Foro de Sorocaba, ao indeferir o pedido da defesa do prefeito cassado Crespo para anular a Comissão Processante que lhe tirou o mandato no dia 2 de agosto, reconhecia a suspeição sobre o vereador Hudson Pessini, namorado da então vice-prefeita – e beneficiária com o cargo de prefeito com a cassação de Crespo – mas seguiu o Regimento Interno, dizendo que o voto de Pessini não foi determinante no placar, deixei de observar que, seguindo a lógica da juíza, Pessini foi absolutamente determinante como relator dos termos da Comissão Processante.
Um amigo, com larga experiência na Câmara de Vereadores, e na política, que é advogado, me chamou a atenção para este detalhe.
Ele foi claro: a juíza se ateve aos votos em plenário, mas ignorou os votos na Comissão Processante: Luís Santos era contra a cassação; Nenê Silvano e Pessini foram a favor, ou seja, afirma ele: o voto do namorado da vice-prefeita foi absolutamente determinante para a recomendação da cassação. A votação do plenário, mesmo que a recomendação tivesse sido pela absolvição, aconteceria.
Na opinião desse meu amigo, ao fazer a apelação no Tribunal de Justiça o advogado de defesa tem a oportunidade de fazer novas argumentações e certamente essa estará lá.