Quando leio que Carlos Roberto Mantovani (1950-2003) está homenageado no documentário “O Dragão que me Queima é o Mesmo que me Salva” – que é um dos versos de um dos seus poemas que estão no pequeno livro “Redundâncias” – me dou conta de que ele morreu há 16 anos. O tempo voa!
Mantovani era poeta, ator, diretor, um homem de teatro em sua integralidade, mas era operário de fábrica, de onde ganhava seu dinheiro, para o seu sustento.
Tinha, assumidamente, uma visão de mundo com ideologia de esquerda. Denunciava o quanto os humildes são oprimidos e humilhados.
Teve uma intensa produção artística e, agora, o documentário “O Dragão que me Queima é o Mesmo que me Salva” vai mostrar para a nova e futuras gerações um pouco do que já existiu em Sorocaba.
A direção do documentário é de Renata Grazzini e Bruno Lottelli e sua produção teve com recursos da Linc (Lei de Incentivo à Cultura de Sorocaba).
O documentário visa “provocar uma reflexão sobre a vida e o trabalho do artista, que teve grande importância para o cenário cultural sorocabano”, explica o relise de divulgação do trabalho. Nascido em Laranjal Paulista, foi “dramaturgo, ator, diretor de teatro, artista plástico, dançarino, animador cultural e poeta, um grande fomentador da cultura sorocabana dos anos 90 até o início dos anos 2000, mas suas contribuições mais marcantes foram nas artes cênicas”.
“O Dragão que me Queima é o Mesmo que me Salva” reconstituirá o acervo fotográfico do artista, com manuscritos, recortes de jornal, cenário, cartazes e croquis, e trará memórias de pessoas que conviveram com Mantovani, como ex-alunos, amigos, artistas e familiares, além de cenas dos espetáculos que mais marcaram a vida dele.
A estréia do documentário está prevista para novembro deste ano.
Além da direção, Bruno Lottelli e Renata Grazzini são responsáveis pela produção e roteiro do filme. A equipe conta também com Renan Vasconcelos (técnico de som), Felipe Cruz (diretor de arte), Tarsila Toti (auxiliar de figurino e cenário), Ketlyn Azevedo (maquiadora e assistente de cenografia), Danilo do Carmo (diretor de fotografia) e Eduardo Liron (diretor de produção).