Mortalidade infantil despenca de 25,84 para 10,1 por mil nascidos vivos

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Dados da Fundação Seade (entidade vinculada à Secretaria de Planejamento e Gestão do Estado de São Paulo), divulgados na semana passada, demonstram que Sorocaba vem apenas evoluindo num dos principais indicadores sobre a qualidade de vida, desenvolvimento humano, econômico e social que demonstram qual é o direcionamento que a cidade está tendo.

Todo governante, a cada queda no índice, no seu período de governo, celebrou as marcas. O que é lógico, pois é fruto do seu trabalho. No portal da prefeitura, dados de 2018 e 2016 (governos Crespo e Pannunzio), deixam claro essa alegria como se vê na imagem que ilustra essa postagem. Mesmo texto, anos diferentes, governos diferentes, mesma celebração.

No ano de 2017, Sorocaba atingiu o menor índice de mortalidade infantil de sua história com 10,1 por mil nascidos vivos. Uma evolução absolutamente satisfatória levando-se em conta que há 22 anos esse índice tinha a impressionante marca de 25,84 bebês mortos para cada mil nascidos vivos em Sorocaba.

Assim, em 1996, quando Paulo Mendes deixou o comando da Prefeitura de Sorocaba havia esse número de 25,84 mortos para cada mil bebês nascidos vivos. Quando Renato Amary deixou o comando da Prefeitura, 8 anos depois, em 2004, esse número havia despencado para 14,7 mortos para cada mil crianças nascidas vivas. Quando Vitor Lippi deixou o comando do Poder Executivo, 8 anos depois, em 2012, esse índice havia melhorado ainda mais com 11,59. A mesma evolução ocorreu quando o prefeito Pannunzio deixou a prefeitura, em 2016, com o registro de 10,5 óbitos por cada mil bebês nascidos vivos. Ao final do primeiro ano do governo Crespo, em 2017, Sorocaba alcança essa marca importante de 10,1 por mil nascidos vivos, lembrando que essa taxa é bem menor que a da Região Metropolitana (11,6) e que de todo o Estado de São Paulo (10,7). Sorocaba está próximo de atingir o valor do indicador aceitável pela OMS (Organização Mundial de Saúde) – abaixo de 10 por mil nascidos vivos.

O que significa esse indicador

A taxa de mortalidade infantil reflete a condição dos serviços de saúde, de moradia, nutrição, educação, fatores socioeconômicos, o que justifica a extrema importância do indicador na avaliação das condições de vida de uma população, podendo ter interferência de fatores biológicos, socioeconômicos e assistenciais.

Assim, as principais causas de Mortalidade Infantil estão relacionadas às afecções originadas no período perinatal (consequências da prematuridade) e que, por isso, são fundamentais as ações de atenção básica nos municípios brasileiros.

Marina Elaine Pereira, secretária da Saúde, explica que “em Sorocaba, a prefeitura ampliou a Estratégia de Saúde de Família, aumentando de 16 para 44 nas Equipes de Saúde de Família (ESF), além de 5 para 14 nas Unidade de Saúde da Família. Isso fez com que a cobertura do serviço subisse de 9% para 28% da população, com foco em áreas com maior vulnerabilidade, o que significa melhoria na vigilância e cuidado materno-infantil”.

Para seguir melhorando os números, Sorocaba deverá intensificar os trabalhos de: avaliação pré-concepcional, cuidados em relação as doenças crônicas não transmissíveis das mulheres em idade fértil (como HAS, DM, Obesidade, Hipotireoidismo e demais) para que a gestante possa ter uma gestação mais segura, tratamento das infecções, avaliação e acompanhamento especializados das mulheres com mau passado obstétrico, início do pré-natal precoce, seguimento correto de todas as consultas preconizadas pré-natal, exames e controle preconizados no pré-natal, intervalo interpartal adequado, intensificar o seguimento completo dos protocolos assistenciais visando sempre a melhoria na assistência ao parto, puerpério e ao recém-nascido na assistência hospitalar.

Marina Elaine lembra que em 2018 na rede de Sorocaba foi implantada a alta hospitalar qualificada de neurologia infantil, alta qualificada de nefrologia infantil e vigilância sistematizada das mulheres com idade fértil (priorizando as que são portadoras de Hipertensão Arterial Sistêmica, Diabetes Gestacional e Mau Passado Obstétrico, Óbito fetal anterior e Óbito infantil anterior).

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