O chefe da Polícia Civil de São Paulo, Youssef Abou Chahin, pediu demissão do cargo e, em carta de despedida, mandou um recado indireto ao governador Márcio França (PSB) em que aconselha aqueles que querem interferir na instituição a prestarem concurso para delegado.
Essa decisão deixou sua situação insustentável no cargo, mas beneficiou o sorocabano Júlio Gustavo Vieira Guebert, que era o número 2 no comando da Polícia Civil no Estado. Conversei com ele hoje e ele disse que não há qualquer indicação sobre a sua efetivação no cargo.
Há uma semana no posto de forma interina, Guebert decidiu apoiar a intenção do governo do Estado de transferir o órgão da Secretaria da Segurança Pública para a Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania.
A posição de Guebert vai de encontro com o que defendia Youssef Abou Chahin. O ex-delegado-geral deixou o posto com críticas ao que classificou como tentativas de interferência ao trabalho adequado do órgão. “Sempre agi, é bom que se diga, visando a proteger a Polícia Civil dos que nela procuraram interferir esquecendo-se de que a Constituição Federal fala claramente ser a Polícia Civil dirigida por delegados de polícia de carreira – aliás, se quiserem aproveitar, o concurso foi autorizado e as inscrições encontram-se abertas – bem como daqueles que, sem competência reconhecida, correm atrás de padrinhos buscando cargos”, escreveu em carta cujo teor foi publicado pela “Folha de S.Paulo”.
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Uma resposta para “Novo delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, há 1 semana no posto de forma interina, é o sorocabano Júlio Guebert. Não há definição sobre qual decisão será tomada pelo governador sobre a efetivação”