O que está por trás da aprovação das contas de 2017 da Prefeitura?

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O vereador Hudson Pessini, presidente da Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e Parcerias da Câmara de Sorocaba, anunciou que ao invés de exarar parecer pela rejeição da aprovação das contas da Prefeitura de Sorocaba de 2017, devido aos apontamentos do Tribunal de Contas, a comissão presidida por ele encaminhará ao Ministério Público, para que cada ponto seja analisado individualmente. “Com a rejeição das contas o resultado seria negativo para a administração pública e quem sofreria seria a população”, frisou.

O que está por trás desse comportamento “bonzinho” do vereador?

Para se chegar à resposta, primeiramente, é preciso entender que a Delegacia Seccional de Sorocaba abriu na terça-feira passada um inquérito para investigar o prefeito Crespo por suspeita de “pedaladas fiscais” – assunto já tratado neste blog e foi o mesmo argumento da cassação da ex-presidente Dilma – por determinação da Procuradoria-Geral de Justiça do Estado de São Paulo. O prefeito teria remanejado verba na ordem de 40% quando máximo permitido por lei, sem que haja prévia autorização da Câmara, é de no máximo 20%.

O delegado Marcelo Carriel, que está à frente da Operação Casa de Papel que fez busca e apreensão na Prefeitura no dia 8 de abril, quer saber de que secretaria saiu o dinheiro remanejado e para que secretaria esse dinheiro foi. Depois, sem possível, fazer uma conexão desse remanejamento com o que ele investiga.

Mas a bondade de Pessini e de Péricles Régis e Renan dos Santos, que completam a Comissão de Economia, se explica por isso? Sinceramente, essa explicação de que rejeitar as contas do prefeito resultaria em sofrimento à população, é superficial.

Não que eu não acredite que os três desejem o bem da população e que eles desejam, também, que a população não sofra. Mas me parece que há algo mais por trás dessa bondade.

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