Prefeito pensa em reeleição e pinta o cabelo para ter aparência mais jovem

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O cabelo grisalho masculino pode ser charme na visão de algumas pessoas, porém é tido como inconveniente para outros, especialmente àqueles que desejam o voto numa eleição.

Esse é o caso do prefeito Crespo que nos últimos dois meses decidiu colorir os cabelos (essa semana está num tom acaju). E essa decisão nasceu de um pensamento, por enquanto, que poderá se concretizar em janeiro de 2019 que é o prazo que ele se deu para decidir se vai concorrer à reeleição em 2020 ou preparar a candidatura de alguém de sua equipe.

O fato é que para tentar parecer mais jovens, Crespo se arrisca no pincel com tinta escura para esconder os indisfarçáveis fios brancos como mostra a imagem deste post: No 23 de outubro de 2018, durante visita a Apae Sorocaba (cabelo tingido) e no dia 10 de novembro de 2017 (cabelos bem grisalhos) no lançamento da campanha Novembro Azul 2017 no Paço Municipal.

Em Sorocaba, o político que ganhou notoriedade por pintar os cabelos foi o ex-prefeito e ex-deputado federal constituinte Theodoro Mendes. No caso dele, especialmente, também pintava o vistoso bigode.

Vitor Lippi, ex-prefeito que acaba de ser reeleito deputado federa, que está perto de fazer 60 anos e sempre está com o cabelo preto, me disse certa vez, no intervalo da coluna O Deda Questão no Jornal Ipanema (FM 91,1Mhz) que não pinta os cabelos e é favorecido pela genética.

Entre as mulheres, pintar o cabelo é mais comum, sendo novidade são as mulheres que assumem o tom grisalho. Não é o caso da deputada estadual Maria Lúcia Amary, recém reeleita para o quinto mandato, que está igualmente loura há 30 anos. Nem o caso da vice-prefeita Jaqueline Coutinho, que embora bem votada não foi eleita deputada no início do mês. Desde que surgiu para a vida pública, na campanha de 2016, ela já teve pelo menos três tons diferentes nos cabelos.

O fato que leva os políticos a pintarem seus cabelos me surpreendeu: assessores dizem aos políticos (sei que disseram isso ao prefeito Crespo) que as pessoas não votam em velhos. Talvez tenham razão. Pesquisa Datafolha do ano passado mostra que em cada 10 brasileiros, 9 acreditam que exista preconceito contra velhos e desses 9, 6 afirma que esse preconceito é grande.

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