A Prefeitura de Sorocaba aguarda o resultado de um edital de chamamento para a contratação de uma Organização da Sociedade Civil para incrementar a abordagem e o convencimento de pessoas em situação de rua a receberem atendimento em entidades. De acordo com o edital, a organização contemplada poderá ser financiada com o repasse mensal de até R$ 60 mil (R$ 720 mil por ano) para se deslocar até os locais de concentração de moradores de rua e ofertar os serviços disponíveis no município, como atendimento no Centro Pop (Centro de Referência Especializado em População de Rua, o acolhimento noturno no SOS (Serviço de Obras Sociais) ou, por fim, a possibilidade de reintegração social do morador de rua à sua família de origem — inclusive com o fornecimento de passagens de ônibus intermunicipais.
Além disso, a empresa contratada realizará o trabalho de conscientização da população, por meio de equipe específica para este fim, para esclarecer o sorocabano sobre os efeitos negativos do ato de dar esmolas.
Roubaram a cidade do cidadão
Em postagem anterior, e numa manifestação indignada na coluna O Deda Questão na última quarta-feira no Jornal Ipanema (FM 91.1Mhz), cobrei não apenas a prefeitura, mas a direção das duas polícias da cidade (Militar e Civil) a respeito dessa triste realidade: usuários de drogas, moradores de rua, desocupados estão inibindo o cidadão de ocupar o espaço público e nenhum autoridade faz nada.
A resposta da prefeitura está neste edital e em pífias duas linhas de um plano dde governo nessa área apresentada pelo prefeito aos vereadores.
Mas e o despejo de moradores da cracolândia da capital paulista em Sorocaba? Quem fazer impedir que isso continue? Por que ninguém impediu que ocorresse?
Rubens Maximiliano, repórter do Jornal da Ipanema, na manhã de hoje conversou com comerciante que explicou que é diária a chegada desses moradores de rua, no começo da madrugada, na região da rodoviária em Sorocaba. A comerciante afirmou que são pessoas que viviam na crocolândia em São Paulo e o preeito Dória, em sua política de espalhar a concentração deles, os envia ao Interior. A comerciante contou que uma dessas Van deixou em Ipeeró esses moradores, mas lá houve a recusa e Sorocaba os acolheu.
O fato é que em junho de 2017, vereadores que integram a comissão que organizou um arrastão por pontos da cidade para conferir de perto o problema denunciaram que pelo menos dez dependentes químicos que viviam na região da Cracolândia, no centro de São Paulo, chegaram a Sorocaba. Há sete meses houve a denúncia e o que fez a Polícia, a Prefeitura? Nada. O problema só se agrava e, repito, tira a dignidade e qualidade de vida do sorocabano.