Presidente da Câmara esfria polêmica, mas fica desolado com notícia de demissão

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VereadoresComissaoO presidente da Câmara de Vereadores, Rodrigo Manga (DEM) foi entrevistado hoje na coluna O Deda Questão no Jornal da Ipanema, da Rádio Ipanema 91,1 FM. Isso ficou acertado na última sexta-feira, logo após afirmado que no domingo da confusão entre o prefeito e a vice-prefeita ele tramava se tornar prefeito e já montava sua equipe de secretários. Manga negou que isso tenha ocorrido, negou que tenha vontade de ser prefeito num eventual afastamento do prefeito da função (embora tenha dito que pelo voto esse é o seu projeto político) e disse que se limitou a cumprir o que disse que faria quando eleito que é o de não impedir qualquer investigação que os vereadores tenham desejo de fazer. Como havia dito em plenário, Manga reafirmou que “caso haja o afastamento do prefeito e da vice [Jaqueline Coutinho, do PTB] não quero assumir como prefeito. Quero ser prefeito sim, quando o povo me eleger com voto popular, mas não desse jeito”.

Cutucado se estava sofrendo retaliação do prefeito, afinal Manga disse que, assim que o caso estourou, tentou entrar em contato com o prefeito, mas não conseguiu embora tenha mandado mensagem de texto e telefonado e, também, tenha sido impedido de discursar na abertura da Festa Junina, Manga tratou de esfriar a temperatura: pode ser entendido sim como retaliação, mas entendo que tudo isso aconteceu no calor do momento e que não vai levar a ferro e fogo essa situação. Manga desferiu uma série de elogios ao prefeito Crespo no tocante a ações de governo e, assim como Renato Amary na véspera, disse que questões pessoais do prefeito não podem ser maiores do que a própria cidade.

Enfim, tudo caminhava bem. Manga cumpria o papel de esfriar a polêmica e elogiar o prefeito. Mas, então, recebi mensagem de uma fonte dizendo que o funcionário João Alberto Maia, indicado por Manga na Prefeitura para trabalhar com as questões dos dependentes químicos, havia sido demitido. Manga, claramente, demonstrou desconsolo e desolação. Não reagiu. Disse que preferia confirmar a informação. Mas ficou evidente que a notícia pegou no fígado dele. Ele teve que engolir seco para não desconstruir todo o discurso da entrevista.

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