O vereador Anselmo Neto, líder do prefeito na Câmara de Sorocaba, teve uma explosão emocional durante a Sessão Ordinária desta terça-feira (28/06), ao reclamar da falta de estrutura, a falta de médicos e o corte do número de testes de sangue, na UBS (Unidade Básica de Saúde) do bairro Maria do Carmo de um lado. E a falta de pagamento para as professoras substitutas. A sinceridade de Anselmo, que ameaçou deixar a função de líder e desafio o prefeito a ir às rádios e revelar a real situação crítica financeira da prefeitura, arrancou aplausos de pessoas que estavam no plenário e apoio dos vereadores.
Mas é importante que fique claro o motivo dessa reação. Não tem relação alguma com o fato de não ter sido indicado candidato a prefeito (ele foi cogitado, mas a decisão foi concorrer com Martinez), mas com a pressão que vem sofrendo em sua base de atuação: a Igreja Católica. Membro da corrente Renovação Carismática, Anselmo estava na missa no último sábado quando ao final o grupo Fé e Política (do qual fez parte e teve forte atuação o vereador Carlos Leite do PT) realizou uma coleta de assinaturas em um abaixo assinado para que o prefeito melhorasse a estrutura do atendimento na UBS do Jardim Maria do Carmo. O abaixo-assinado teve o apoio explícito e declarado do Padre Vaguinho (que dirigiu a missa) cujo a não teria conseguido ter o sangue coletado em um dia em que foi à UBS, porque as 14 coletas já haviam sido feitas: Anselmo confessou que foi constrangedor escutar isso na missão, uma atividade de sua crença e pessoal.