Já contei neste blog a admiração que tenho por Régis, mais do que um jogador de futebol, mais do que um dos craques da história do São Bento, mais do que um jogador importante no esquema tático do atual time.
Essa admiração, simplesmente, vem da sua coragem em admitir problemas com o vício em bebidas, drogas, jogo e tudo o que está associado a este tipo de vida que amaldiçoa uma pessoa do bem, trabalhador.
Neste momento Régis passa por uma recaída. Está fora do importante jogo de hoje do São Bento contra o Coritiba. Certamente vai fazer falta, mas não a ponto de impedir que o time se supere e vença. Pois a vida é assim. O Brasil se superou sem Pelé; a Argentina, sem Maradona; a Holanda, sem Cruiff… A vida é assim.
Na semana passada, Régis deixou a casa de recuperação por vontade própria, abriu mão do tratamento de dependência química no CADQ (Centro de Atenção ao Dependente Químico), em Sorocaba. Ele já foi detido com pinos de cocaína e problemas com álcool e drogas o tiraram do São Paulo, um dos principais clubes do mundo.
A recorrência de tais episódios coloca em risco a sua carreira. E, obviamente, sua vida.
Conversei com Rodrigo Manga (que além de vereador é a principal liderança do CADQ, tendo a experiência de ter se recuperado do vício). Ele me deu uma ótima notícia: a de que Régis reconheceu sua recaída, de que ele está propenso a recomeçar tudo de novo e, dessa vez, cumprindo os 9 meses do programa. Que a diretoria do São Bento siga tendo paciência e benevolência com Régis.
Desejo que Régis deseje a sua recuperação e se lembre da lógica do Batman, sim o homem morcego das HQs, quando Alfred, o mordomo, diz ao menino Bruce se ele sabe porque as pessoas caem. Na caverna escura, aterrorizado por morcegos, antes de vir a ser o super-herói, a criança diz que não sabe a resposta e, então, Alfred com a voz pacienciosa diz: para que se possam levantar!