Carlos Roberto Massa, popularmente conhecido por Ratinho, nome do seu programa em âmbito nacional no SBT, esteve em Sorocaba no início da semana e foi recebido pelo prefeito Rodrigo Manga e pela primeira-dama Sirlange no gabinete do prefeito de Sorocaba.
Foi uma visita de cortesia? Foi. Mas ficou evidente o propósito de Ratinho promover a cidade de Sorocaba (obviamente, também de Manga, afinal são amigos) local onde ele disse em vídeo divulgado pela assessoria do prefeito: se pudesse, Sorocaba seria uma cidade que eu escolheria para viver. E disse também: é um ótimo local para investir.
Esse não é um caso isolado. No lugar onde moro, estão sendo construídas pelo menos 20 casas de pessoas que deixaram São Paulo e vieram para cá neste ano de 2020. O mercado imobiliário está aquecido por pessoas que manifestam desejo de deixar São Paulo e virem viver em Sorocaba.
Uma mulher, semanas atrás, disse ao dentista dela em Sorocaba: Estou adorando morar aqui. Se soubesse que era tão bom tinha vindo antes. Esse dentista, aliás, viu sua clientela aumentar e todos novos pacientes são recém-chegados a Sorocaba.
Um amigo, observando essa acentuada transformação pela qual vem passando a cidade disse que teve essa certeza quando entrou na padaria e não viu um único rosto conhecido. Antes, você entrava e pelo menos de vista a gente conhecia várias pessoas. Agora, só rostos novos.
Nas escolas, sejam particulares ou públicas, é gritante o número de novos moradores que deixaram seus locais de origem para trás e vieram em busca de qualidade de vida aqui.
Mas o prefeito Manga tem alguma responsabilidade nisso? Não aconteceria a mesma situação se fosse qualquer prefeito?
Difícil uma resposta assertiva para a segunda questão, mas é possível falar do papel de Manga neste contexto: ele apaziguou o clima político. No passado, como vereador, com suas lives sobretudo, ele contribuiu para esquentar o clima e quem estava no comando não soube lidar com a situação. Agora, sem o vereador que ele foi como opositor, Manga tem conseguido diariamente reconstruir a autoestima do sorocabano.
Quando Renato Amary deixou o governo depois de 8 anos, elegendo o seu sucessor, Vitor Lippi, que ficou mais 8 anos, eu entendi naquele momento que o grande legado deixado para a cidade foi o sorocabano gostar de Sorocaba. Falar mal da cidade, o grande “esporte” do sorocabano no final dos anos 90, foi algo superado pelos 8 anos de Amary e se consolidaram nos 8 de Lippi.
Então, chegou 2013 e com ele o século 21. Está década está sendo das mais difíceis não apenas em razão da pandemia, mas pelo pêndulo da política estar na extrema-direita, onde o desmonte das instituições (política, justiça, informação…) vem se concretizando. Que os bons ventos que sopram na pujança de Sorocaba sejam um sinal de bons ventos para o Brasil.